Quatro acusados por tentar matar policial militar na porta da casa da vítima, em Fortaleza, vão a júri popular
O ataque aconteceu no bairro Granja Lisboa e teria sido motivado por uma dívida de um parente do PM

A Justiça decidiu pronunciar quatro acusados de tentar assassinar a tiros um sargento da Polícia Militar do Ceará (PMCE), na porta da casa da vítima, em Fortaleza. Com a decisão, os denunciados devem sentar no banco dos réus e serem julgados por populares que irão compor o Conselho de Sentença.
Francisco Wellington da Silva, Francisco Mateus Cosme da Silva, João Victor Freitas Araújo e Gustavo da Silva Costa são réus pela tentativa de homicídio ocorrida no bairro Granja Lisboa, em setembro de 2023. O alvo da ação criminosa era um parente do agente, que correu do bando e se refugiou na casa da família.
O sargento revidou ao ataque, mas foi atingido e socorrido a uma unidade hospitalar. Os réus também devem responder por integrar organização criminosa. Todos eles foram presos ainda em 2023 e devem continuar encarcerados, conforme a decisão do juiz da 3ª Vara do Júri de Fortaleza, publicada no Diário da Justiça da última quinta-feira (16).
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As defesas alegaram nos memoriais finais a ausência de provas suficientes e a desclassificação do crime para lesão corporal. Para o magistrado, há indícios suficientes que apontam a autoria do homicídio, com a qualificadora de motivo torpe.
Ainda não há data para o julgamento acontecer.
COBRANÇA DE DÍVIDA
De acordo com a denúncia do Ministério Público do Ceará (MPCE), o ataque aconteceu no dia 4 de setembro de 2023, por volta das 19h. O crime teria sido ordenado por Gustavo da Silva, motivado por uma dívida do parente do sargento.
O PM e o verdadeiro alvo da ação moravam no mesmo endereço. O parente do agente chegou a ser ameaçado na rua e, para fugir da agressão, correu para dentro da residência.
O militar estava na calçada do imóvel e impediu a entrada dos acusados: "ambos foram embora e em tom ameaçador afirmaram que voltariam para cobrar a dívida. Prevendo o pior, o vitimado acionou a Polícia por meio do Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança (Ciops) e ficou aguardando a viatura na calçada. Nove minutos depois, antes mesmo da chegada da equipe policial, os dois primeiros denunciados retornaram à residência da vítima e passaram a efetuar disparos de arma de fogo contra o vitimado, que ainda revidou, mas não atingiu seus algozes".
João Victor e Gustavo foram presos em flagrante, e os demais denunciados detidos por meio de cumprimento de mandado de prisão. Na época, com Gustavo foram apreendidos dois celulares e ele já tinha antecedentes criminais por roubo à pessoa, porte ilegal de arma de fogo e associação criminosa.
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