PF investiga suposto golpe sofrido por um passageiro, no Aeroporto de Fortaleza

José Pereira foi preso em Portugal, quando policiais encontraram 11 quilos de pasta-base de cocaína, dentro de uma mala que seria dele

Escrito por Redação ,
Legenda: A TV Globo teve acesso à imagens das câmeras de segurança do Aeroporto de Fortaleza
Foto: REPRODUÇÃO TV GLOBO

A Polícia Federal no Ceará investiga um suposto golpe sofrido por um homem de 71 anos de idade, que desembarcou no Aeroporto de Fortaleza no último mês de maio, durante escala de um voo vindo de Belém, com Paris como destino final. A família do brasileiro José Pereira denuncia que o idoso foi vítima de um golpe que o levou a ser preso por tráfico internacional de drogas, em Portugal.

Em entrevista concedida ao Fantástico, a esposa de José Pereira contou que ela e o comerciante embarcaram no Aeroporto de Belém, no dia 14 de maio de 2019, e tiveram que despachar as malas porque o avião estava lotado. A primeira escala do casal foi em Fortaleza. Na capital cearense, José Pereira teria sido chamado por uma funcionária da companhia aérea alertando que a etiqueta da mala dele precisava ser trocada.

Um novo voo com o casal a bordo partiu de Fortaleza rumo a Lisboa, última parada antes de Paris. Ainda em Portugal, segundo a família de Pereira, ele e a esposa foram abordados e levados até uma sala. No local, foram informados que não podiam ser liberados naquele momento e a mala de José precisaria ser aberta, sob suspeita de armazenar conteúdo ilícito. 

Durante a abordagem foram encontrados 11 quilos de pasta-base de cocaína dentro da mala que, segundo a esposa da vítima, não era a mesma que eles tinham despachado. Nas passagens pelos aeroportos há imagens que comprovam que a mala de José Pereira não era aquela que continha as drogas. 

De acordo com a Fraport Brasil, empresa responsável por gerir o Aeroporto de Fortaleza, todas as imagens disponíveis foram cedidas e há colaboração com as investigações: "A Fraport explica ainda que, de acordo com a legislação vigente, é obrigação das companhias aéreas o manuseio e a segurança das bagagens despachadas". 

Por nota, a Fraport destacou que nem a empresa e nem os seus funcionários são investigados neste episódio. A companhia aérea Gol divulgou nota à imprensa ressaltando que cumpre todos os regulamentos de segurança estabelecidos pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A TAP disse não poder divulgar detalhes, porque o caso tramita em segredo de Justiça.

Sobre o andamento do caso e possível elucidação, a Polícia Federal se limitou a dizer que "não se manifesta sobre eventuais investigações em andamento".
 

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