Operação de combate ao tráfico de drogas cumpre mandados no Ceará e outros três estados
Ação mira suspeitos de trazer drogas do Sul para distribuir nas capitais do Nordeste
A operação "Conexão Floripa", deflagrada na manhã desta quarta-feira (21), pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN), cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão no Ceará e nos estados do Rio Grande do Norte, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. No Ceará, os mandados foram cumpridos na cidade de Fortaleza. O MPRN ainda não informou quantos mandados e de que tipo foram cumpridos no Estado.
Os alvos da ação de combate o tráfico de drogas interestadual são investigados por transportar drogas do Sul do país para as capitais do Nordeste. De acordo com as investigações, os crimes teriam se intensificado durante a pandemia.
Além da capital cearense, a polícia cumpriu mandados nas cidades de Natal (RN), Parnamirim (RN), Florianópolis (SC), Forquilhinha (SC), São José (SC), e Campo Grande (MS). Durante a operação, houve apreensão de drogas em Santa Catarina. No RN, foram cumpridos três mandados de prisão com o apoio da Polícia Militar.
A operação teve o apoio do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) dos Ministérios Públicos de Santa Catarina, Ceará e Mato Grosso do Sul e das polícias dos estados.
Tráfico na pandemia
Conforme o Ministério Público, as investigações sobre o iniciaram este ano e apontam a atuação da organização criminosa no tráfico de drogas utilizando a via aérea para introduzir drogas em Natal e outras capitais do Nordeste, como Fortaleza, João Pessoa e Recife.
Segundo o MP, no período da pandemia da Covid-19, diante do enfraquecimento do movimento dos aeroportos e do fechamento das fronteiras terrestres com os demais países da América do Sul, o tráfico se intensificou.
Investigações da polícia apontam que mulheres foram atraídas pela organização criminosa para transportarem bagagens contendo entorpecentes de Florianópolis, capital catarinense, para o Nordeste.
Pelo menos cinco apreensões de drogas realizadas este ano são atribuídas ao grupo. Em todos os casos, segundo a polícia, as passagens aéreas das pessoas que transportavam as drogas eram compradas pela organização criminosa.