Justiça nega pedido de liberdade de homem apontado como 'matador' de facção em Fortaleza

O crime teria acontecido a mando da facção, para vingar um furto na região

Escrito por Emanoela Campelo de Melo , emanoela.campelo@svm.com.br
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Legenda: A defesa do réu javia alegado a desnecessidade da prisão e a ausência de contemporaneidade entre o fato e o decreto de prisão. O Ministério Público do Ceará (MPCE) se posicionou contra o pedido de soltura.
Foto: J. Paulo Oliveira

A Justiça do Ceará decidiu manter preso um homem apontado como 'matador' da facção Guardiões do Estado (GDE). Conforme decisão proferida na 2ª Vara do Júri, neste mês de setembro, Matheus Viana Lima deve ser mantido preso preventivamente para garantir a ordem pública.

De acordo com a decisão, Matheus foi apontado por uma testemunha como o “executor da facção”, tendo participado do homicídio de Francisco Marciano de Lima Balduíno "e, desta forma, pode voltar a cometer outros delitos, não sendo suficientes, neste momento processual, outras medidas cautelares diversas da prisão para mantê-lo afastado de tais condutas".

A defesa do réu havia alegado a desnecessidade da prisão e a ausência de contemporaneidade entre o fato e o decreto de prisão. O Ministério Público do Ceará (MPCE) se posicionou contra o pedido de soltura. 

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Ao manter a prisão, o juiz destacou a "periculosidade" do acusado e o "fato do crime ter sido cometido num cenário de comando de uma organização criminosa".

A vítima Francisco Marciano de Lima Balduíno foi morta a tiros, na Messejana, no dia 6 de março de 2023.

FACÇÃO ORDENOU O CRIME

Conforme denúncia do Ministério Público, Matheus seria um 'executor da facção' e responsável por assassinar a vítima, cumprindo "um mandamento da facção local que proíbe a prática de furto na região".

Consta na investigação que a vítima morava no 'Beco do Norte' e supostamente teria uma dívida de drogas, que teria motivado o furto.

O MP denunciou Matheus em maio de 2024. Para o órgão, o acusado cometeu o crime por motivo torpe "consistente no justiçamento ilegal por acreditar que a vítima cometia furtos" e com uso de recurso que dificultou a defesa da vítima.

Francisco foi atingido por um disparo na nuca. Ainda segundo a investigação, a irmã da vítima foi informada sobre a morte do irmão apenas quando populares falaram acerca de um achado de cadáver em um canal, próximo a casa da família.

 

 

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