Justiça nega pedido de habeas corpus a guru espiritual acusado de abusos sexuais

Pedro Ícaro de Medeiros, o 'Ikky', foi preso em em setembro de ano passado. Ele é o criador da Comunidade Afago

Escrito por Nayana Siebra , nayana.siebra@svm.com.br
Ikky com microfone
Legenda: O processo contra o guru corre em segredo de Justiça, por isso, mais detalhes do caso não podem ser divulgados
Foto: Arquivo

O Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), por meio da  3ª Câmara Criminal, negou o pedido de habeas corpus do guru espiritual Pedro Ícaro de Medeiros, o 'Ikky'. A decisão é da sessão desta terça-feira (26). O guru é acusado da prática de crimes sexuais e foi preso no dia 29 de setembro de 2020.

O processo contra Ikky tramita em segredo de justiça, por isso, o TJCE informou que não pode repassar mais informações. Procurado pela reportagem, o advogado de Ícaro, Paulo Quezado, confirmou a decisão e informou que irá recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).

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O Tribunal aceitou duas denúncias contra o guru. A primeira, em julho, por violação sexual mediante fraude, crime sexual para controlar o comportamento social ou sexual da vítima, charlatanismo e curandeirismo. A segunda denúncia foi aceita em novembro e é por prática de crimes sexuais contra duas adolescentes. Ele se torna réu pelos abusos e agressões que teriam ocorrido entre 2018 e 2019.

Em nota, o Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) informa que o processo "é protegido pelo segredo de justiça, por se tratar de crime sexual". A nota acrescenta que "o MPCE se posicionou contrário à concessão da ordem de habeas corpus. A Câmara Criminal também negou a concessão do HC, acompanhando o mesmo posicionamento do MPCE".

Comunidade Afago 

O acusado é estudante de Filosofia e apontado como o criador da Comunidade Afago, onde teria abusado sexual, físico e psicologicamente de jovens de aproximadamente 20 anos, entre 2018 e 2019, em Fortaleza. O caso veio à tona após reportagem do programa Fantástico, da TV Globo, exibida no dia 19 de julho de 2020.

 

 

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