Iraniano pode retornar ao Ceará

Escrito por Redação ,
Legenda: Além dos crimes que responde na Justiça Federal, Farhad Marvizi aguarda ser julgado por três homicídios na Justiça Estadual
Foto: FOTO: ALEX COSTA

O iraniano Farhad Marvizi, que cumpre pena em penitenciárias federais de Segurança Máxima desde 2012, quando foi condenado pelo crime de tentativa de homicídio qualificado contra um auditor fiscal, poderá retornar ao Sistema Penitenciário do Ceará. Atualmente, o estrangeiro está na penitenciária de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Um despacho proferido pela 5ª Vara Federal de Campo Grande é favorável à transferência do empresário. Contudo, Maria Izabel Gomes Sant'Anna, juíza federal substituta da 12ª Vara, em Fortaleza, requer a permanência do condenado.

"No atual quadro do sistema carcerário do Estado do Ceará, não será possível o retorno do executado para o Estado de origem, em condições que garantam a segurança e a manutenção da saúde do preso", justificou a magistrada, em despacho do dia 14 de julho de 2017.

Em outro documento, de 18 de setembro último, Maria Izabel Gomes Sant'Anna comunica que a Secretaria da Justiça e Cidadania do Ceará (Sejus) pediu para que Farhad Marvizi fosse alocado na unidade Federal de Catanduvas, no Paraná.

Depois de passar pelo Presídio Federal de Mossoró (RN), Farhad Marvizi havia sido encaminhado à unidade de Campo Grande, em 2014. No mesmo ano, o prazo de permanência na unidade havia sido renovado até o dia 24 de setembro passado.

Crimes

O empresário, do segmento de eletroeletrônicos, foi condenado a 20 anos de prisão por ordenar um atentado contra o auditor da Receita Federal José de Jesus Ferreira, em dezembro de 2008. O servidor, que escapou da tentativa de homicídio, impedia a entrada de mercadorias contrabandeadas pelo iraniano, que chegavam ao Ceará sem pagar tributos.

Para o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco), a possível volta de Marvizi é uma ameaça. "A compatibilidade da custódia dele é em um ambiente de segurança máxima", pontua a entidade.