Funcionários de UPA do Jangurussu suspendem atendimento temendo novos roubos

Três homens invadiram o local nesta terça-feira e fizeram um arrastão. Profissionais de saúde e funcionários estão com medo

Escrito por Redação ,

Profissionais de saúde e funcionários suspenderam na manhã desta quarta-feira (16) os atendimentos de urgência e emergência na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), do Bairro Jangurussu, em Fortaleza. O motivo, segundo eles, é a falta de segurança.  Três homens armados renderam dois seguranças e realizaram um arrastão dentro da Unidade na noite desta terça-feira (15).

Pacientes que procuraram a UPA encontraram as portas abertas nesta manhã, mas não conseguiram atendimento. O vigilante Carlos Aguiar, sentindo muita dor de cabeça, esperava ser atendido. Porém, foi orientado a procurar a UPA mais próxima. 

“Estou com dor de cabeça e dor no corpo, mas não tem atendimento. Vou rocurar uma outra unidade no José Walter e Messejana. Não sabia que tinha sido assaltada. Uma pena”, afirmou.

A dona de casa Francisca Saraiva veio com o filho de dois anos doente e também não tinha conhecimento do assalto da noite anterior. 

“Ele está cansado e com febre. Agora ficou complicado, pois é a mais próxima da minha casa. Vou ter que ir para o Gonzaguinha ou Frotinha”, lamentou.

Já o coletor de lixo particular Nicodemos Tarmani procurou atendimento e também teve que se dirigir para outra unidade de saúde. “Estou com dor na região lombar. Vim aqui para o atendimento e a até fiquei surpreso por estar fechada. Bem cedo tem sempre atendimento. Agora, vou procurar outro local de atendimento para ver se resolvo meu problema”, disse.

Momentos de pânico

Conforme testemunhas, os suspeitos roubaram aparelhos celulares, carteiras e dinheiro dos seguranças, pacientes, médicos e acompanhantes que estavam no local. O crime causou pânico entre as vítimas. Há relatos de que uma mãe chegou a arrancar o soro do braço do filho para fugir da unidade após a ação criminosa.

Ainda durante a ação, os criminosos ameaçaram voltar durante a semana para incendiar a unidade de saúde. 

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