CGD instaura processo contra PM que derrubou carrinho de vendedor de frutas

Três oficiais deverão analisar a conduta do policial; Jefferson Muniz também foi afastado preventivamente das suas funções

Escrito por Redação ,
Legenda: O caso ocorreu em um praça nas proximidades da Lagoa do Urubu, no bairro Floresta, no dia 27 de agosto deste ano
Foto: Reprodução

A Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD) instaurou, na última sexta-feira (4), conselho de disciplina para apurar as ações do policial militar Jefferson Muniz Rodrigues. O sargento foi flagrado em uma filmagem enquanto derrubava produtos e virava um carrinho usado por um vendedor ambulante para vender frutas. A decisão foi publicada na edição desta sexta-feira (11) no Diário Oficial do Estado (DOE).

Segundo a portaria assinada pelo controlador geral, Rodrigo Bona Carneiro, foi considerado que "o fato foi amplo objeto de compartilhamento na mídia nacional e nas redes sociais, gerando repercussão negativa para a PMCE (Polícia Militar do Ceará)" e que as condutas "ferem os Valores da Moral Militar Estadual". 

Com a instauração do conselho de disciplina, três oficiais deverão analisar a conduta do policial. Além disso, Jefferson Muniz também foi afastado preventivamente das suas funções pela CGD.

Caso

O caso ocorreu em um praça nas proximidades da Lagoa do Urubu, no bairro Floresta, no dia 27 de agosto deste ano. Nas imagens gravadas por uma testemunha é possível ver o policial militar chutando e jogando no chão as frutas que estavam no carrinho do vendedor ambulante. Após a divulgação das imagens, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) confirmou o afastamento do agente.

Também é possível ouvir o vendedor ambulante pedindo que o policial não derrube as mercadorias. “O senhor não pode fazer isso comigo não. O senhor está me prejudicando", grita o ambulante enquanto o policial joga as frutas no chão. O vendedor ambulante, identificado com João Vitor Silva Moreira, se posicionou sobre o caso em uma rede social. Ele afirmou não ter ressentimento do policial, e agradeceu o apoio após o vídeo repercurtir. 

No dia seguinte, João Vitor foi preso por força de uma mandado de prisão que estava aberto contra ele por uma tentativa de homicídio ocorrida em abril de 2019. A família concedeu entrevista ao Sistema Verdes Mares e afirmou que ele não participou do crime

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