Suspeitos de aplicar golpe de cerca de R$ 1 milhão em pelos 11 condomínios de Fortaleza e Região Metropolitana foram denunciados pelo Ministério Público, na última terça-feira (14). Conforme a denúncia, o trio é acusado pelos crimes de estelionato e falsidade ideológica.
Edson Sales de Oliveira e Rodolfo Walison Oliveira Rodrigues eram sócios da empresa Marrero Predial Administradora de Condomínios Ltda. Além da dupla, Larissa Ellen de Oliveira Rodrigues, irmã de Rodolfo, também foi denunciada.
Durante as investigações, realizadas pela Delegacia de Defraudações e Falsificações, foi descoberto ainda que a dupla abriu uma nova empresa, chamada Arpoador Gestão Condominial Ltda., no nome de Larissa Ellen, na tentativa de escapar do inquérito policial e possivelmente dar continuidade ao esquema criminoso.
Em outubro, uma operação da Polícia Civil resultou na prisão preventiva de Edson e Rodolfo. A Justiça também autorizou contra eles um mandado de busca e apreensão domiciliar, além de bloqueio de bens, quebra de sigilo bancário e suspensão de atividades econômicas.
Entre os bairros dos prédios residenciais afetados estão Messejana, Antônio Bezerra, Parangaba, Aldeota, Meireles, Benfica e Centro.
O que diz a denúncia
Desde 2016, a empresa Marrero atuava realizando serviços de administração condominial. A empresa era contratada para realizar funções relativas às finanças de condomínios, como cobrar taxas e pagar dívidas, além de ser responsável por prestar contas com seus contratantes.
Contudo, conforme os autos, os acusados arrecadavam o dinheiro para benefício próprio e não quitavam os débitos dos condomínios. A dupla ainda forjava boletos de pagamento referentes às taxas e receitas mensais dos condomínios contratantes dos serviços.
Como ocorria o esquema criminoso
O esquema criminoso teve a apuração iniciada em junho, quando, pelo menos, 11 condomínios localizados em Fortaleza e na Região Metropolitana denunciaram a empresa por estelionato e apropriação indébita.
Somando todos os prejuízos, a conta está em mais de R$ 1 milhão em dívidas no caixa desses condomínios. Os locais passaram a ter corte de serviços e cobranças de multas por parte da Receita Federal, por exemplo, quando passaram a desconfiar da administração.