Surfista foi morto 'por conta de discussão banal', afirma denúncia do MPCE contra dupla de acusados

Crime ocorreu no bairro Varjota, em Fortaleza. Suspeitos foram presos em Aquiraz, dias depois

Dois homens foram denunciados pelo Ministério Público do Ceará (MPCE) pelo homicídio do surfista Antônio Jócele Miranda da Costa Júnior, o 'Peta Júnior', de 37 anos, no bairro Varjota, em Fortaleza. Conforme a acusação, o crime ocorreu "por conta de uma discussão banal".

Antônio Carlos Xavier de Sousa, conhecido como 'Dedé' ou 'Pica-Pau', 25, e Dário Cesar Marques da Silva, o 'Skib', 30, foram acusados por homicídio qualificado (motivo fútil), no último dia 13 de junho. A 2ª Vara do Júri de Fortaleza, da Justiça Estadual, ainda não se manifestou sobre a denúncia.

Noticiam os autos, que a motivação do crime seria por conta de uma discussão banal entre o vitimado e o denunciado Dário César, demonstrando, assim, a desproporção da conduta do agente com ação delituosa praticada pelo mesmo."
Ministério Público do Ceará
Em denúncia

Conforme a denúncia, Antônio Jócele estava dentro de um bar, no bairro Varjota,  na madrugada de 29 de maio deste ano, quando começou a discutir com Dário César, que estava fora do estabelecimento. Até que o surfista sai do bar e corre em direção ao acusado, que foge para um veículo - como mostram imagens de câmeras da região.

Veja o vídeo da ação criminosa:

"Após a carreira até o veículo, Dário César abre violentamente a porta do veículo e busca sua arma de fogo que se encontrava no porta-luvas do carro, e imediatamente dispara contra a vítima. O acusado Antonio Xavier, que também estava armado, no mesmo instante dispara contra a vítima. O vitimado ainda tentou se furtar dos disparos, saindo correndo em direção a via pública, mas os dois denunciados partiram em seu encalço, ceifando-lhe a vida com quatro disparos certeiros", narra o MPCE.

As investigações policiais apontam que, após o crime, 'Dedé' e 'Skib' fugiram para Patacas, em Aquiraz, onde terminaram presos pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil do Ceará (PC-CE), no dia 1º de junho último.

Na audiência de custódia, realizada três dias depois, o juiz considerou as prisões em flagrante como ilegais, por considerar que a perseguição policial se iniciou em momento posterior, "de forma a descaracterizar o flagrante". Mas, mesmo assim, o magistrado decretou a prisão preventiva da dupla.