O policial militar (PM) Khlisto Sanderson Ibiapino de Albuquerque, de 34 anos, preso no dia 16 de julho em Paraipaba, Interior do Ceará, por atuar ilegalmente como médico, agora será investigado também por agressão contra a ex-sogra. A Controladoria Geral de Disciplina (CGD) instaurou um processo administrativo contra ele, segundo publicado no Diário Oficial do Estado do Ceará (DOE) na última terça-feira (26).
Conforme o documento, ele foi preso em flagrante em janeiro de 2020 em Mossoró, no Rio Grande do Norte (RN) após agredir a então sogra e chamá-la de "vagabunda e sem vergonha". Ele ainda entrou em luta corporal contra o ex-cunhado, ferindo-o no lábio, no olho e no nariz, além de proferir ameaças.
Nos autos da prisão constam que a discussão começou quando a sogra chegou em casa e viu a filha, Kethlen da Silva Medeiros, com marcas de agressão. Khlisto foi autuado na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de Mossoró.
A CGD pontua que instaurou o processo "com o fim de apurar as condutas transgressivas que lhes são atribuídas, bem como, a sua incapacidade moral para permanecer nos quadros da Polícia Militar do Ceará (PMCE).
Violência doméstica e estelionato
O PM na PMCE já respondia em outro caso de violência doméstica e familiar, desta vez contra outra companheira, além de outros dois procedimentos pelo mesmo crime.
De acordo com o DOE, a "documentação apresentada reuniu indícios de materialidade e autoria, demonstrando, em tese, a ocorrência de conduta capitulada como infração disciplinar por parte do Soldado acima mencionado".
Além dos crimes citados, Khlisto Sanderson responde por estelionato.
O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN) informou que "um inquérito policial que apurava possível prática de homicídio foi arquivado a pedido do Ministério Público por não ter havido indícios suficientes de autoria e materialidade".