A Polícia Militar do Ceará (PMCE) afirmou na tarde quarta-feira (18) ter entrado em contato com a Justiça Militar Estadual para informar que não haverá necessidade de deixar em prisão domiciliar, sob monitoramento eletrônico, os PMs presos, enquanto o presídio passa por reforma. O informativo vem horas após o Diário do Nordeste noticiar pedido da direção do equipamento em deslocar os detidos devido às obras.
Por nota, a PMCE disse que ao tomar conhecimento das providências pleiteadas pela diretora do Presídio da Polícia Militar, "foi prevista a movimentação dos presos no interior do próprio equipamento, para outros cômodos que estejam em condições de acomodá-los". A intenção da direção da unidade era que os presos ficassem com tornozeleira, em casa, durante 60 dias, até o término das obras.
Conforme divulgado pela reportagem na manhã dessa quarta-feira, atualmente, o presídio abriga quase 60 PMs presos. Dentre eles há acusados por crimes, como: extorsão, tráfico de drogas, além dos grupos de extermínio e chacinas.
A reforma autorizada pelo governo estadual trará para a comunidade carcerária militar instalações físicas com excelentes condições de acomodações e ainda mais alinhadas com o que preconiza as normas que regulamentam esse campo do cárcere prisional"
Nessa terça-feira (17), o promotor de Justiça Militar, Sebastião Brasilino de Freitas Filho já havia se posicionado contra o pedido coletivo assinado em ofício pela diretora do presídio, tenente-coronel Keydna Alves Lima Carneiro. No documento, a oficial ainda tinha destacado temer novo surto da Covid-19 com a chegada da variante delta ao Ceará.
No entanto, no posicionamento assinado por Brasilino, o promotor argumentou que novas variantes e cepas circulando no Estado não são suficientes para revogar prisão preventiva porque "nesta pandemia fora montada uma unidade de saúde exclusiva para presos militares, situada no complexo da CPPL, em Itaitinga".