Às vésperas de completar 35 anos, o pedreiro José Cláudio Dias da Silva foi morto a tiros por um policial civil que interveio em uma briga em um balneário no Sítio Malhada, em Barbalha, na região do Cariri, neste domingo (11).
O Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol) afirmou que imagens mostram que uma pessoa tentou tomar a arma do agente e, então, ele atirou para se defender. Após o crime, o agente, que estava de folga, se apresentou de forma espontânea a equipes do Comando de Policiamento de Rondas e Ações Intensivas e Ostensivas (CPRaio) da Polícia Militar do Ceará (PMCE) e foi conduzido a delegacia.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), em depoimento, informou que tentou intervir em uma discussão envolvendo outras duas pessoas, "no momento em que um dos envolvidos na discussão teria tentado tomar a arma" do agente, ocorrendo o disparo.
A SSPDS afirma que a arma usada pelo policial foi encaminhada para a Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce) e foi solicitada a realização de perícia no local o crime.
Irmão defende pedreiro
Manoel Robervan Dias da Silva afirma que o irmão José Cláudio estava retirando as cinzas de uma churrasqueira e se preparava para retornar para casa quando um homem começou a insultá-lo. “Ele ficou perguntando por que o Cláudio estava olhando para ele e o empurrou. Ele não aguentou, revidou e deu um murro no homem”, afirma.
Após a briga, segundo Manoel, o homem envolvido na confusão correu e chamou o policial civil para defendê-lo. “Ele ficou mostrando a arma, meu irmão tentou se defender e ele atirou”, disse. José Cláudio foi atingido por um tiro na cabeça e morreu no local. Ele completaria aniversário na próxima terça-feira (13).
A vítima, que tinha antecedentes por desobediência, participava de uma excursão que havia saído da cidade do Crato, onde ele morava com a família, e estava no local com um grupo de amigos.
O caso é investigado pela Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) e o procedimento será transferido para a Delegacia Municipal de Barbalha.