Agente da PF executa dois colegas no pátio da Delegacia de Tabatinga

Escrito por Redação ,
Manaus (AM) - O agente da Polícia Federal Cláudio Pedrosa Pontes seqüestrou e matou a tiros, na madrugada de ontem, em Tabatinga, no Amazonas, os agentes Armindo João da Silva e Guilherme Auad Mourad, também da PF. O delegado Sérgio Lúcio Fontes abriu inquérito para apurar o caso. Pelas informações iniciais, Pedrosa executou os dois depois de um acesso de fúria, aparentemente sem nenhum motivo específico. Pedrosa foi preso em flagrante e está sob custódia da Polícia Militar.

Segundo um delegado, Pedrosa estaria tentando se fazer passar por esquizofrênico, mas ainda não há um laudo médico conclusivo sobre o assunto. Mas existem indícios de que ele estava com sérios distúrbios emocionais. Pouco antes da tragédia, ele esteve numa unidade do Exército e pediu socorro. Queria que os militares o ajudassem a se livrar de uma suposta conspiração em curso contra ele, dentro da própria Delegacia da PF.

A Superintendência da PF no Amazonas não informou se Pedrosa estava sendo alvo de alguma investigação ou se teve desentendimentos anteriores com seus colegas. Pelo relato de algumas testemunhas, Pedrosa chegou, ainda nervoso, na delegacia em companhia de um grupo de militares. Mas depois de ter sido acalmado pelos plantonistas, partiu para o ataque. Usando duas pistolas, o agente rendeu todos os colegas de plantão e, após uma negociação, resolveu matar dois deles.

Pedrosa levou os reféns para o pátio da delegacia e deu início à carnificina. Armindo foi atingido por sete tiros. Mourad se escondeu embaixo de um carro, mas também foi alvejado por dois tiros. Segundo um de seus colegas, Pedrosa estava com problemas de saúde e não queria ficar em Tabatinga, cidade que faz fronteira com Letícia, na Colômbia. A região é uma das principais rotas do narcotráfico internacional.