Viajantes são representantes

Atualmente os viajantes mudaram de nome e agora são representantes comerciais. Há os de laboratórios farmacêuticos, que visitam os consultórios médicos, e aqueles da área comercial, que percorrem as lojas oferecendo os seus produtos industrializados. A maioria viaja em carro próprio.

Na cidade de Iguatu, os crediaristas estão diminuindo. Em comparação com os anos de 1970, o número desses profissionais foi reduzido pela metade. Geraldo Nogueira Marques, há cinco anos, percorre ruas da cidade vendendo artigos de cama, mesa e banho em uma moto. Ele tem um cadastro de 400 clientes. Tem um lucro livre mensal em torno de R$ 500,00. “O negócio já foi melhor”, disse. “A gente só vende alguma coisa nos dez primeiros dias do mês, quando circula o dinheiro dos aposentados”.

Geraldo Marques trabalha há 5 anos por conta própria, mas há 14 anos exerce a função de crediarista. “Ganhava comissão de 20%, metade pela venda e metade pela cobrança”, explicou. “Por conta própria é melhor”. De acordo com as contas dele, em Iguatu só há 10 empresários bancando os crediaristas mas, no passado, eram mais de 50. “Agora vem gente de fora, da Bahia”.

O produto de menor preço vendido por Geraldo Marques é o jogo de copo, que custa R$ 6,00. O mais caro é a colcha bordada de terbrim, por R$ 60,00. Tudo é dividido em até quatro parcelas. “Se o freguês for bom”, ressalta. Ele compra direto das distribuidoras, consegue um menor preço e maior margem de lucro. Em comparação com as lojas, os produtos dos crediaristas custam o dobro ou até mais. A vantagem para o consumidor é a facilidade na concessão do crédito, o parcelamento, tudo isso, sem sair de casa.