Vereadores de Juazeiro querem abrir CPI do ar condicionado

A Câmara Municipal de Juazeiro do Norte quer abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a denúncia de contratos superfaturados com serviços de limpeza de ar condicionado e dedetização. Conforme a acusação do vereador Cláudio Luz (PT), três empresas firmaram, por meio de licitação, contratos que chegam a R$ 1,2 milhão. Os recursos são destinados as Secretarias de Educação e Saúde.

Abertura da investigação dependerá de um parecer da assessoria jurídica da Câmara FOTO:Arquivo/2006

O pedido de instalação da CPI foi protocolado na última terça-feira (5). Durante a sessão, 7 vereadores haviam assinado o pedido de abertura da CPI, mas o vereador Bertran Rocha (PTdoB) pediu a retirada de sua assinatura.

Durante a sessão, o presidente interino da Câmara de Juazeiro, vereador Darlan Lôbo (PMDB), decidiu que a abertura da investigação dependerá de um parecer da assessoria jurídica da Casa. A expectativa era que houvesse o encaminhamento do parecer jurídico na quinta-feira, o que não aconteceu.

A decisão da abertura da CPI ficará para a próxima sessão da Casa que acontece na terça-feira (12).

Excesso de gastos na compra de materiais de limpeza

Em agosto deste ano, outro escândalo que ficou conhecido nacionalmente a "Farra das Vassouras" foi constatado na Câmara de Juazeiro. O vereador Danty Bezerra da Silva (PMN) denunciou a quantidade exagerada na compra de materiais de limpeza, alimentos e expediente. A denúncia foi contra o presidente da casa, Antônio Alves de Almeida (PSC), o Antônio de Lunga.

A Câmara adquiriu, entre março e junho deste ano, 4,2 mil vassouras, 2,5 toneladas de sabão, mais de 3 mil embalagens de detergente, 33 mil unidades de palha de aço, 125 mil palitos de dente e 312 unidades de óleo de peroba, dentre outros itens. O material seria utilizado para a limpeza do prédio do Poder Legislativo. Ainda foi detectado que parte dos produtos está fora do prazo de validade. .

O presidente da Câmara Municipal de Juazeiro do Norte, Antônio de Lunga (PSC), foi afastado em setembro do cargo de vereador pela juíza Ana Raquel Colares dos Santos Linard, da 1ª Vara Criminal da cidade. Além dele, o tesoureiro da Casa, Ronaldo Gomes de Lira, também teve a função parlamentar suspensa. Os dois são acusados de cometer irregularidades pela compra excessiva de materiais de limpeza para o legislativo municipal.

Com informações do correspondente Roberto Crispim