Quadra chuvosa no Ceará chega ao fim com precipitação em mais de 45 cidades

Funceme prevê continuidade de precipitações para o período pós-estação chuvosa

Escrito por Honório Barbosa , regiao@svm.com.br

Chuva na cidade de Quixeramobim
Legenda: As chuvas das últimas horas estiveram concentradas no Sertão Central, Baixo Jaguaribe e Litoral Leste.
Foto: Foto: VcRepórter

Maio, o último mês da quadra chuvosa no Ceará, se despede com registro de chuvas nas regiões do Sertão Central, Baixo Jaguaribe e Litoral Leste. A Fundação Cearense de Meteorlogia e Recursos Hídricos (Funceme) registrou entre as 7 horas de sábado (30) e 7 horas deste domingo (31) precipitações em mais de 45 municípios.

As dez maiores chuvas foram observadas em Aracati (107.5 mm), Fortim (90.0mm), Beberibe (63.0mm), Caucaia (52.0mm), Itaiçaba (40.0mm), Aquiraz (37.8 mm), Morada Nova (35.0mm), Pindoretama (35.0mm), Pentecoste (25.3mm) e São Gonçalo do Amarante (25.0mm).

Até a próxima terça-feira (2) a Funceme prevê tempo com predomínio de nebulosidade variável em todas as regiões e possibilidade de chuva na faixa litorânea, na região Jaguaribana, no Sertão Central e Inhamuns e no Maciço de Baturité.

Bons índices

Para maio, a média histórica é de 90.6 milímetros. Até agora a Funceme registrou 82.4mm. Embora apresente, parcialmente, déficit de 9% da média, o volume observado já é maior que os meses de maio dos anos de 2019, 2018, 2017, 2016 e 2015. 

Ainda de acordo com a Funceme, Aquiraz, no Litoral de Fortaleza, foi o Município que registrou maior precipitação média em maio – 285.7mm, superando em 53% a média histórica que é de 186.8mm.

A gerente de Meteorologia da Funceme, Meiry Sakamoto, explicou que as precipitações verificadas nos últimos 15 dias em várias regiões do Ceará decorrem da ação de uma frente fria localizada entre a Bahia e Alagoas. “Esse sistema provocou a formação de áreas de instabilidade que chegaram até o Ceará”, pontuou.

No campo, os agricultores estão animados com o desenvolvimento das culturas de grãos de sequeiro – feijão, milho e sorgo forrageiro. “Plantei três hectares de milho e um de feijão-de-corda e só devo perder uns 10%”, comemorou o agricultor, Francisco Gonçalves, na localidade de Gadelha, zona rural de Iguatu.

As chuvas também beneficiaram a agropecuária. “Agora em maio tivemos chuvas que pouco contribuíram para recarga de reservatórios, mas foram fundamentais para a produção da pastagem nativa e o desenvolvimento das culturas de milho e sorgo forrageiro”, observou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Quixeramobim, Cirilo Vidal.

“No Sertão Central, a situação não estava favorável, mas neste último mês do inverno, houve uma mudança significativa", complementou.

 

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