Parceria distribui 439 toneladas de alimentos produzidos por agricultores familiares no Ceará

Serão beneficiados 99 municípios cearenses com as ações de fortalecimento econômico e de suplementação nutricional

Escrito por Redação , regiao@svm.com.br
Legenda: Medidas de distanciamento social e uso de máscaras são mantidas para evitar o contágio pelo novo coronavírus.
Foto: Divulgação

O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) deve distribuir 439 toneladas de alimentos em 99 municípios cearenses até o próximo dia 30 de junho como forma de unir os pequenos agricultores e as pessoas de baixa renda durante a pandemia do novo coronavírus. Estão cadastrados no programa da Secretaria de Desenvolvimento Agrário do Ceará (SDA), 1.215 produtores familiares e 103.998 pessoas em situação de vulnerabilidade social.

As atividades de recolhimento e entrega dos produtos iniciaram em cerca de 12 localidades como Pacujá, ao Norte do Estado, e Potengi, na região do Cariri, até esta terça-feira (19). “Cada município planeja, chama os agricultores, vê como está a produção para receber e distribuir. Todos já fizeram um planejamento sabendo que esses 439 mil quilos de alimentos tem de ser adquiridos e distribuídos”, ressalta Mônica Macêdo, coordenadora estadual do PAA.

 

Os municípios atendidos desenvolvem a logística da parceria, criada em 2009, que neste ano conta com recurso de R$ 1,91 milhões do Ministério da Cidadania. Durante cerca de 10 meses a cada ano, são beneficiados os pequenos agricultores e as instituições como escolas, hospitais e cozinhas comunitárias, responsáveis por preparar e distribuir os alimentos de forma gratuita.

Os recursos são aplicados conforme os critérios de vulnerabilidade social e são divididos em 40% para agricultoras mulheres (594), 40% aos produtores em assentamentos de reforma agrária e quilombolas e outros 20% aos agricultores em situação econômica mais estável. Também estão inscritas 651 entidades em todo o Estado que recebem e preparam os alimentos.

Com as restrições para distanciamento social, válidas desde o dia 20 de março com o decreto estadual para conter o avanço da Covid-19, os alimentos são entregues em kits de acordo com a variedade dos produtos de cada município. São exemplos: abóbora de leite, acerola, castanha de caju, cheiro verde, macaxeira, mamão, melancia e pimenta de cheiro.

Mônica Macêdo destaca que as ações são ainda mais relevantes devido ao impacto do novo coronavírus no interior do Estado. “Nesse momento de pandemia, nós estamos garantindo que nosso agricultor não perca produção e que melhore a própria alimentação dele. Esses recursos vão melhorar a economia local. Para os nossos beneficiários, nós estamos suplementando a alimentação porque muita gente está com dificuldade", pontua.

Os alimentos são encaminhados como forma de suplementar a nutrição dos beneficiados e passam por um controle de qualidade, recebem selos de verificação e de controle fiscal, como acrescente a coordenadora. “Os municípios precisam ter serviço de inspeção para que a gente possa garantir a qualidade deste produto, fazer todo o acompanhamento e esse produto tem de ser registrado”.

Assuntos Relacionados