Doces agradam ao paladar

Escrito por Redação ,

Atividade artesanal caiu no gosto popular e cativou clientela do Ceará e de Teresina e Parnaíba, no Piauí

Viçosa do Ceará. O Sítio Delgada, localizado na margem da BR 222, é passagem para a maioria dos turistas. É lá que se encontra a fábrica de doces artesanais Vila Real, mantida pela aposentada Maria Zilmar Ferreira Lima Rocha e que tem hoje clientes de todo o Ceará, além de Parnaíba e Teresina.

Na fábrica de doces artesanais Vila Real, mantida pela aposentada Maria Zilmar, os preços dos produtos variam de R$5,00 até R$15,00 e dão a possibilidade de o consumidor levar mais de uma variedade para experimentar FOTO: JÉSSYCA RODRIGUES

Os doces são feitos unicamente por ela, com frutas retiradas do sítio onde vive. Os sabores vão desde o tradicional doce de leite e goiaba até buriti, laranja, jaca e banana. O carro chefe da casa fica por conta do doce de leite, muitas vezes misturado a outros sabores. "No fim de semana ele é o primeiro a ir embora, seja puro ou com frutas e chocolate", destaca. De acordo com Dona Zilmar, como é conhecida por seus clientes, cada região tem o doce preferido e às vezes dá pra adivinhar o que a pessoa gosta só pela cidade onde vive. De Fortaleza, a preferência é pelo doce de leite pastoso. Já em Sobral, o suspiro é o mais procurado. "O de buriti é o preferido pelo pessoal que vem do Piauí, assim como o de Jaca".

Variedades

São mais de 20 variedades de doces, sendo os mais procurados a bala de café ou buriti, queijada, tablete de leite, cajuzinho cristalizado, compotas de jaca, goiaba, banana, caju, mamão, limão ou maracujá, suspiro de café ou limão, tudo feito por ela. "Tenho uma equipe pequena que me ajuda em algumas coisas, mas a produção e o processo de embalagem é todo feito por mim. Um doce não vai para o tacho sem que eu esteja mexendo", destaca dona Zilmar.

Os preços variam de R$5,00 até R$15,00 e dão a possibilidade do consumidor levar mais de uma variedade para experimentar. Segundo ela, o normal é que o cliente leve de três a cinco variedades. "Seja para experimentar ou porque já conhece, ninguém nunca leva menos de três".

As embalagens usadas pela doceira são compradas em Fortaleza, já o rótulo é feito em Tianguá, por um amigo. "Logo no começo eu não sabia em que embalagem colocar e pedi ajuda ao Sebrae, mas foi em um supermercado de Tianguá que vi o modelo que queria". Ela conta que comprou o doce e ligou para o produtor, pedindo informações sobre o fornecedor. "O fornecedor era de São Paulo, mas tem um representante de Fortaleza e é essa embalagem que me inspirou até hoje", destaca. Apesar da produção comercial ter começado há apenas 10 anos, ela conta que desde criança tem essa paixão por doces, sendo que sua mãe e avó também tinham grande facilidade com a cozinha.

"Elas estavam cozinhando e eu sempre acompanhando. Quando vim morar no sítio, passei a fazer para toda a família e alguns amigos dos meus filhos. Mas para vendas, só fiz após o acidente do meu caçula, que veio a falecer". Emocionada, ela conta que essa foi uma maneira de homenagear o filho, além de uma terapia para não entrar em depressão.

JÉSSYCA RODRIGUES
COLABORADORA 

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Viçosa do Ceará
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