Chuvas são maiores em 2009
Escrito por
Redação
producaodiario@svm.com.br
A probabilidade de chuvas acima da média está se confirmando, mas no Cariri e no Sertão a pluviometria está menor
Fortaleza. Nos meses de janeiro e fevereiro de 2009 choveu mais do que a média esperada para o Estado do Ceará. No primeiro mês do ano a média esperada era de 90,7 milímetros (mm) e choveu 157,3mm. Já em fevereiro, eram esperados 150,3mm e choveu 157,3mm. Neste mês de março, diante das precipitações observadas, mesmo não podendo ter ainda um diagnóstico preciso — já que o mês não terminou — a expectativa Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) é de que também fique acima do esperado. Entretanto, existem duas regiões onde o balanço de 1º de janeiro a 17 de março mostra uma queda com relação ao ano passado. São o Cariri e o Sertão Central. De acordo com o meteorologista da Funceme, José Maria Brabo, a razão para isso é que, o principal sistema de chuva aqui no Ceará, a Zona de Convergência Intertropical, está se concentrando mais na área do litoral e adjacências. “Com esta concentração, as chuvas tendem a diminuir no interior (sertão) e no sul do Estado”, disse o meteorologista.
As chuvas que vêm caindo no Ceará desde o início do ano estão confirmando a previsão feita pela Funceme de que a quadra de chuvas teria mais chance de ser acima da média histórica, cerca de 45%.
Confirmação
“A quadra de chuva evolui para uma certa confirmação. As precipitações dos meses de fevereiro e março contemplam o esperado e apontam para a continuidade de chuvas. A confirmação realmente do diagnóstico será possível mesmo no fim de maio”, contou o meteorologista da Funceme.
De acordo com o balanço da Fundação, no Litoral Norte, Litoral do Pecém, Litoral de Fortaleza, Maciço de Baturité, Ibiapaba e região Jaguaribana, em comparação com o ano passado, de janeiro até 17 de março, a quantidade de chuvas cresceu e, até maio, esse quadro pode se modificar ainda mais, até no Cariri e no Sertão Central e dos Inhamuns. “Nestas duas regiões pode ser que o quadro se reverta, já que no mês de abril chove bem. Em maio, a segunda quinzena fica irregular, mas os oceanos ainda apontam chuvas”, comentou José Maria.
No entanto, para os cearenses, o inverno só será bom, realmente, se chover hoje, dia do padroeiro do Estado, São José. Para os sertanejos, a crença popular é mais confiável do que previsões de órgãos especializados em meteorologia.
Nuvens carregadas
Com crença ou sem ela, a verdade é que, mesmo não sendo chuvas prolongadas, de repente, o céu dos municípios cearenses se transformam e nuvens carregadas aparecem, como está acontecendo na cidade de Sobral, localizada na zona norte do Ceará. Segundo a Funceme, a previsão para os próximos três dias em todo o Ceará é possibilidade de chuvas isoladas na faixa litorânea, áreas próximas e, também, Serra da Ibiapaba.
Evelane Barros
Repórter
Mais informações:
Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme)
(85) 3101.1088
(85) 3101.1126
PONTE INTERDITADA
Motoristas se arriscam em travessia
Limoeiro do Norte. “Quando não der mais jeito, aí ninguém atravessa mais”, diz a dona de casa Maria Iolanda, referindo-se à travessia arriscada que motoristas e pedestres fazem na passagem molhada da rodovia CE- 378, entre Tabuleiro e Limoeiro do Norte. O problema maior é saber o limite da responsabilidade de quem dirige e da resistência da ponte. Embora interditada, com a estrutura cedendo e as fortes correntezas do Rio Jaguaribe, a passagem é trafegada por quem quer economizar tempo e gasolina ao encurtar distância entre as duas cidades e evitar fiscalização na BR-116. No ano passado, dois motoqueiros tiveram os veículos arrastados pelas águas.
Em três diferentes momentos, o Caderno Regional tratou, neste ano, da passagem molhada sobre o Rio Jaguaribe, entre Limoeiro e Tabuleiro. Em janeiro, antes das chuvas, a denúncia foi pelo descaso na obra, uma ponte de apenas cinco anos e completamente rachada, com uma das extremidades afundando e sem indícios de reforma antes do período chuvoso. No Carnaval, as chuvas desde o Rio Figueiredo, no Centro-Sul do Estado, elevaram a bacia do Jaguaribe e tornou a ponte intrafegável.
Hoje, mesmo com um volume menor, a situação está mais precária. As águas levam pedaços da pista. Mas, enquanto a água não ultrapassa as rodas dos veículos, motoristas arriscam a vida. São, na maioria, pessoas que trabalham em uma ou outra cidade e que, diariamente, atravessam no início e no fim do dia.
Para atrasar a enchente no lugar, bancos de terra assoreavam a margem direita do rio. Mas o que poderia ser um atenuante para quem precisa da ponte pode ser o fim da outra alternativa para os habitantes, que são as canoas. Bancos de terra no leito do rio provocam o encalhe do transporte. Ainda assim, duas canoas estão estacionadas do lado de Limoeiro, para o caso de um super volume de água. A insegurança é de um jeito e de outro. Em abril de 2008, a Companhia dos Portos do Ceará proibiu o tráfego de canoas sem coletes e bóias salva-vidas.
O motorista Erasto Mendes saia de Tabuleiro, ao se aproximar da ponte, olhou e viu que “dava para atravessar, eu vi umas pessoas na frente que conseguiram, então é porque dava”. Reconhece que não foi fácil, já que sua moto “dançou” na pista justamente no trecho em que as ferragens que alicerçam a obra cederam, deixando um plano inclinado em pelo menos oito metros da estrada.
A reportagem tentou contato com o Departamento de Edificações e Rodovias (DER), mas não obteve retorno. Enquanto não tiver obstáculos nas duas entradas da ponte, os motoristas arriscam-se na travessia pelo rio com fortes correntezas. É a tragédia sendo anunciada.
Melquíades júnior
Colaborador
CHUVAS NO CEARÁ
Granja 141mm
Nova Russas 61mm
Altaneira 48.8mm
Aurora 48mm
Senador Sá 48mm
Uruoca 46mm
Lav. da Mangabeira 46mm
Pacatuba 45.6mm
Morada Nova 44mm
Missão Velha 44mm
Milagres 43mm
Juazeiro do Norte 42mm
Crato 40mm
Ipueiras 40mm
Maracanaú 38mm
Iguatu 37mm
Maranguape 35mm
Potiretama 34mm
Martinópole 34mm
Icó 33.8mm
Granjeiro 33mm
Mauriti 32.8mm
Pentencoste 30.1mm
Morada Nova 30mm
Graça 30mm
Antonina do Norte 30mm
Caririaçu 28mm
Santa Quitéria 27mm
Banabuiú 27mm
Crateús 26.5mm
Itarema 26mm
Barro 26mm
Araripe 24.6mm
Barbalha 24.5mm
Acopiara 24mm
Assaré 24mm
Cedro 24mm
Viçosa do Ceará 24mm
Mais informações:
Departamento de Edificações e Rodovias (DER) - Av. Godofredo Maciel, 3000, Maraponga - Fortaleza - (85) 3101.5704
Fortaleza. Nos meses de janeiro e fevereiro de 2009 choveu mais do que a média esperada para o Estado do Ceará. No primeiro mês do ano a média esperada era de 90,7 milímetros (mm) e choveu 157,3mm. Já em fevereiro, eram esperados 150,3mm e choveu 157,3mm. Neste mês de março, diante das precipitações observadas, mesmo não podendo ter ainda um diagnóstico preciso — já que o mês não terminou — a expectativa Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) é de que também fique acima do esperado. Entretanto, existem duas regiões onde o balanço de 1º de janeiro a 17 de março mostra uma queda com relação ao ano passado. São o Cariri e o Sertão Central. De acordo com o meteorologista da Funceme, José Maria Brabo, a razão para isso é que, o principal sistema de chuva aqui no Ceará, a Zona de Convergência Intertropical, está se concentrando mais na área do litoral e adjacências. “Com esta concentração, as chuvas tendem a diminuir no interior (sertão) e no sul do Estado”, disse o meteorologista.
As chuvas que vêm caindo no Ceará desde o início do ano estão confirmando a previsão feita pela Funceme de que a quadra de chuvas teria mais chance de ser acima da média histórica, cerca de 45%.
Confirmação
“A quadra de chuva evolui para uma certa confirmação. As precipitações dos meses de fevereiro e março contemplam o esperado e apontam para a continuidade de chuvas. A confirmação realmente do diagnóstico será possível mesmo no fim de maio”, contou o meteorologista da Funceme.
De acordo com o balanço da Fundação, no Litoral Norte, Litoral do Pecém, Litoral de Fortaleza, Maciço de Baturité, Ibiapaba e região Jaguaribana, em comparação com o ano passado, de janeiro até 17 de março, a quantidade de chuvas cresceu e, até maio, esse quadro pode se modificar ainda mais, até no Cariri e no Sertão Central e dos Inhamuns. “Nestas duas regiões pode ser que o quadro se reverta, já que no mês de abril chove bem. Em maio, a segunda quinzena fica irregular, mas os oceanos ainda apontam chuvas”, comentou José Maria.
No entanto, para os cearenses, o inverno só será bom, realmente, se chover hoje, dia do padroeiro do Estado, São José. Para os sertanejos, a crença popular é mais confiável do que previsões de órgãos especializados em meteorologia.
Nuvens carregadas
Com crença ou sem ela, a verdade é que, mesmo não sendo chuvas prolongadas, de repente, o céu dos municípios cearenses se transformam e nuvens carregadas aparecem, como está acontecendo na cidade de Sobral, localizada na zona norte do Ceará. Segundo a Funceme, a previsão para os próximos três dias em todo o Ceará é possibilidade de chuvas isoladas na faixa litorânea, áreas próximas e, também, Serra da Ibiapaba.
Evelane Barros
Repórter
Mais informações:
Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme)
(85) 3101.1088
(85) 3101.1126
PONTE INTERDITADA
Motoristas se arriscam em travessia
Limoeiro do Norte. “Quando não der mais jeito, aí ninguém atravessa mais”, diz a dona de casa Maria Iolanda, referindo-se à travessia arriscada que motoristas e pedestres fazem na passagem molhada da rodovia CE- 378, entre Tabuleiro e Limoeiro do Norte. O problema maior é saber o limite da responsabilidade de quem dirige e da resistência da ponte. Embora interditada, com a estrutura cedendo e as fortes correntezas do Rio Jaguaribe, a passagem é trafegada por quem quer economizar tempo e gasolina ao encurtar distância entre as duas cidades e evitar fiscalização na BR-116. No ano passado, dois motoqueiros tiveram os veículos arrastados pelas águas.
Em três diferentes momentos, o Caderno Regional tratou, neste ano, da passagem molhada sobre o Rio Jaguaribe, entre Limoeiro e Tabuleiro. Em janeiro, antes das chuvas, a denúncia foi pelo descaso na obra, uma ponte de apenas cinco anos e completamente rachada, com uma das extremidades afundando e sem indícios de reforma antes do período chuvoso. No Carnaval, as chuvas desde o Rio Figueiredo, no Centro-Sul do Estado, elevaram a bacia do Jaguaribe e tornou a ponte intrafegável.
Hoje, mesmo com um volume menor, a situação está mais precária. As águas levam pedaços da pista. Mas, enquanto a água não ultrapassa as rodas dos veículos, motoristas arriscam a vida. São, na maioria, pessoas que trabalham em uma ou outra cidade e que, diariamente, atravessam no início e no fim do dia.
Para atrasar a enchente no lugar, bancos de terra assoreavam a margem direita do rio. Mas o que poderia ser um atenuante para quem precisa da ponte pode ser o fim da outra alternativa para os habitantes, que são as canoas. Bancos de terra no leito do rio provocam o encalhe do transporte. Ainda assim, duas canoas estão estacionadas do lado de Limoeiro, para o caso de um super volume de água. A insegurança é de um jeito e de outro. Em abril de 2008, a Companhia dos Portos do Ceará proibiu o tráfego de canoas sem coletes e bóias salva-vidas.
O motorista Erasto Mendes saia de Tabuleiro, ao se aproximar da ponte, olhou e viu que “dava para atravessar, eu vi umas pessoas na frente que conseguiram, então é porque dava”. Reconhece que não foi fácil, já que sua moto “dançou” na pista justamente no trecho em que as ferragens que alicerçam a obra cederam, deixando um plano inclinado em pelo menos oito metros da estrada.
A reportagem tentou contato com o Departamento de Edificações e Rodovias (DER), mas não obteve retorno. Enquanto não tiver obstáculos nas duas entradas da ponte, os motoristas arriscam-se na travessia pelo rio com fortes correntezas. É a tragédia sendo anunciada.
Melquíades júnior
Colaborador
CHUVAS NO CEARÁ
Granja 141mm
Nova Russas 61mm
Altaneira 48.8mm
Aurora 48mm
Senador Sá 48mm
Uruoca 46mm
Lav. da Mangabeira 46mm
Pacatuba 45.6mm
Morada Nova 44mm
Missão Velha 44mm
Milagres 43mm
Juazeiro do Norte 42mm
Crato 40mm
Ipueiras 40mm
Maracanaú 38mm
Iguatu 37mm
Maranguape 35mm
Potiretama 34mm
Martinópole 34mm
Icó 33.8mm
Granjeiro 33mm
Mauriti 32.8mm
Pentencoste 30.1mm
Morada Nova 30mm
Graça 30mm
Antonina do Norte 30mm
Caririaçu 28mm
Santa Quitéria 27mm
Banabuiú 27mm
Crateús 26.5mm
Itarema 26mm
Barro 26mm
Araripe 24.6mm
Barbalha 24.5mm
Acopiara 24mm
Assaré 24mm
Cedro 24mm
Viçosa do Ceará 24mm
Mais informações:
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