Casarão revela parte da história

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Redação producaodiario@svm.com.br
Construído no fim do Século XIX e inaugurado em 1911, um casarão chama a atenção no centro da cidade de Santana do Cariri, não apenas pela idade, beleza e conservação, mas pela história e pelos objetos que abriga, como um livro de catecismo gigante, ilustrado em Francês, que pertenceu à dona da casa.

Conhecido como Casarão do Coronel Felinto, a construção, em estilo Neoclássico, foi o centro da vida social, cultural, econômica e Política de Santana do Cariri enquanto residência do coronel Felinto da Cruz Neves e de sua esposa, Generosa Amélia da Cruz, que se tornou segunda prefeita do País, em 1936, ao assumir a cidade no lugar do marido, recém-eleito e assassinado, numa época em que não havia vice-prefeito.

O casarão - hoje sede da Fundação Ailton Augusto Cruz, abriga também a Secretaria de Turismo do município de Santa do Cariri - foi alvo de muitos conflitos políticos entre os anos de 1925 e 1927.

Antes de morrer, dona Generosa só pediu que o casarão tivesse uma finalidade educativa. Mas a construção ainda é objeto de espólio.

O secretário de Turismo daquele município, Vicente Paulo Ribeiro, reconhece que ainda há uma carência infra-estrutural, mas se mostra aberto à discussão, tanto com o Governo quanto com a iniciativa privada, visando à inclusão no circuito do turismo Crajubar (Crato/Juazeiro/Barbalha).