Antigo aeroporto de Jaguaribe está abandonado
Melquíades Júnior
especial para Regional
Passados 40 anos de sua inauguração com a presença do então presidente da república Marechal Castelo Branco, o antigo aeroporto do Município de Jaguaribe, que hoje é apenas uma pista de pouso, construído juntamente com a BR-116, está em completo estado de abandono, mas que denuncia que já foi luxuoso aeroporto para um Município do Interior.
Na época da ditadura, o aeroporto servia de “núcleo de ação”, interligado a outras áreas do Estado. Havia sempre um piloto de prontidão. Constituído de saguão, terminal de passageiros e até pousada, o antigo aeroporto recebe vôo de morcegos à noite, numa estrutura totalmente desgastada pelo tempo e descuido. Ainda assim, sua pista suja de mato, esburacada e pedregosa, recebe pequenas aeronaves. Vez por outra, descem políticos e alguns empresários.
Apesar de ser responsabilidade do Estado, o atual prefeito, José Sérgio, em sua primeira administração (1993-96), para driblar a falta de recursos, disse que tentou manter convênio com a Funceme para arrendar o espaço a pousadas e comércios que, em contrapartida, conservariam o ambiente. Nem a própria pousada sobreviveu.
AGRONEGÓCIO - Em Limoeiro do Norte, a construção da pista de pouso no Perímetro Irrigado Jaguaribe Apodi obedeceu ao sonho dos produtores do Município de utilizarem o local para facilitar exportação de seus produtos para outros Estados e países. Como as comercializações são feitas por meio do porto do Pecém, a pista de pouso, de responsabilidade da Federação das Associações do Perímetro Irrigado Jaguaribe Apodi (Fapija), atende a toda demanda de vôos do Município, seja comercial ou particular.
Com aproximados 1400 metros de comprimento e cerca de 24 de largura, a pista foi reformada no final do ano passado. Mas a pista, datada dos anos 90, necessita de recapagem restauradora, apesar de ser de boa qualidade, com capacidade para receber até grandes aeronaves, sendo bastante freqüente o pouso de jatinho de empresários e políticos em visita ao Agropólo. O presidente da Fapija, Edgar Ferreira, informou que manteve contato com a Infraero, em Brasília, para que se possa revitalizar a pista e tornar o seu uso comercial.