Combate ao mofo exige limpeza constante

Veja como evitar ou combater esse problema, que pode causar enfermidades, especialmente em pessoas alérgicas.

Dias e noites chuvosos, com o ar mais úmido dentro de casa. Essas são condições ideais para o aparecimento do mofo em diversos pontos – principalmente se esses locais não receberem certos cuidados de limpeza. Além de deixar um visual desagradável no ambiente, o mofo tem um cheiro incômodo e estimula o aparecimento de doenças respiratórias e alergias. Trata-se de um perigo, especialmente para pessoas alérgicas, mais propensas a certas enfermidades, como a sinusite fúngica – caracterizada por dores de cabeça e na face, congestão e obstrução nasal, dificuldade para respirar, secreção purulenta, diminuição do olfato e até perda de peso.

Formado por um fungo, o mofo se prolifera facilmente em locais úmidos e escuros. O micro-organismo trafega pelo ar, por meio de esporos – camada protetora que garante a germinação da espécie – soltos no ar. Quando encontra um local com as condições ideais, passa a se reproduzir, gerando uma colônia. Para preservar a sua saúde e a da sua família, nada melhor do que adotar medidas preventivas e, caso o problema já tenha aparecido, soluções simples de limpeza são muito úteis.

Prevenção
Espaços próximos às áreas molhadas, como os banheiros, são mais suscetíveis ao surgimento do mofo. Portanto, esses locais requerem mais atenção e cuidados com a limpeza.

Para evitar o mofo em armários e guarda-roupas, deixe as portas desses móveis abertas diariamente por 15 minutos para circular o ar e deixar a luz entrar. É recomendável uma limpeza geral a cada três meses. Caso o closet ou armário fique em uma localização onde não chegue a luz do sol, pode valer a pena instalar luzes artificiais no interior. Uma alternativa paliativa é colocar giz escolar, sal grosso, carvão ou sílica em gel e espalhar pelos armários ou pendurar nos cabides das roupas. Bolinhas de cedro ou serragem também são utilizadas. Faça saquinhos de tecido e coloque folhas de louro, cravo e lavanda seca. Os sachês devem ser trocados a cada 30 dias. 

Manter os móveis afastados da parede pelo menos 5 cm de distância é outra medida eficiente para evitar o aparecimento do mofo. Isso ajuda na circulação de ar no local e evita o emboloramento. Também é possível colocar uma fina folha de isopor entre a parede e o móvel. 

Guarda-roupas
Nunca deixe roupas úmidas no guarda-roupa ou armazenadas por muito tempo, longe de lugares arejados. Outro erro é colocar peças de vestuário em sacos plásticos – que devem ser usados apenas para o transporte, por exemplo, entre a lavanderia e sua residência. A explicação é simples: o plástico não deixa a roupa respirar. 

Durante o ano, retire as peças do armário e deixe-as ao sol por alguns minutos. Antes de guardar novamente, mantenha as roupas em um lugar bem ventilado, durante pelo menos uma hora. 

Um armário abarrotado de roupas é mais propício para a instalação do mofo. Uma boa alternativa pode ser se desapegar de algumas peças, deixando o espaço mais fluido.

No interior dos móveis, a dica é fazer a limpeza com vinagre de álcool branco. Retire tudo do local, borrife vinagre de álcool com um pano e retire as peças que também apresentem mofo.

Tecidos
Quando uma peça de roupa está mofada, uma receita simples é a mistura de um litro de água sanitária com uma xícara de açúcar. Deixe de molho por 20 minutos e o mofo vai desaparecer. Depois, lave a peça normalmente. Outra receita é aplicar vinagre de álcool branco sobre a mancha e esfregá-la com um pano úmido. Depois, é só lavar normalmente.

Mais uma alternativa para retirar as manchas de mofo nas roupas é o bicarbonato de sódio: misture uma colher de chá do produto com um litro de água e lave a mistura para ferver junto com a roupa. Em seguida, lave-a normalmente.

Paredes
No caso das paredes afetadas pelo mofo, o ideal é lixar o revestimento, passar impermeabilizante e pintar novamente. Outra saída é limpar a área afetada com a mistura de água com água sanitária, sendo a proporção de um para um, sob a mancha na parede, e repetir quantas vezes forem necessárias, não esquecendo de utilizar uma bucha para remover os fungos mortos. 

Quando há infiltração e o reboco desagrega ou solta pedaços da tinta, o procedimento é mais complexo. Um profissional deve ser chamado, pois será necessária a aplicação de produtos  mais fortes para o isolamento dos tijolos e das vigas.

Você sabia?
Mofo e bolor

Tecnicamente, mofo e bolor não são a mesma coisa. Ambos são causados por fungos, mas enquanto o bolor afeta apenas os objetos, o mofo corrói o material atingido. O primeiro, em relevo, fica em tonalidade acinzentada e pode ser removido com pano úmido. Já o segundo deixa pontos mais difíceis de serem retirados, sobretudo em tecidos. Em resumo, o bolor é o estágio inicial da infestação; já o mofo é o fungo em seu estágio mais avançado.