Para aliviar a pressão

Especialista explica que atividades físicas são aliadas de quem está se preparando para um concurso público.

Na rotina de estudos do concurseiro, tem uma matéria não deve faltar: educação física. Além de uma boa preparação teórica, quem está buscando uma vaga em concurso público deve incluir atividades físicas que ajudam no combate ao estresse e ao sedentarismo. Para quem vai concorrer a certames com Teste de Aptidão  Física (TAF), a preparação deve começar com antecedência e ter um planejamento focado. Educador físico dá dicas de como se preparar.

Preparação total
Conciliar estudos com outras atividades do dia a dia é um desafio para muitos concurseiros que estão dedicados a realizar o sonho da carreira pública. Na corrida contra o tempo e em meio à árdua missão de cumprir todo o estudo teórico, a saúde pode acabar sentindo os efeitos do estresse. A situação se agrava se o concurseiro estiver sedentário. “O sedentarismo é um mal que leva a outros problemas, como ansiedade, estresse e depressão, mas a atividade física é algo que consegue melhorar tudo isso”, observa o educador físico Emanuel Matos. “Para quem está nessa pressão de concurso, buscando resultados, a atividade física serve como um remédio fantástico para várias situações, sem falar de todos os benefícios para a saúde do corpo”, completa o profissional.
Imagine para quem passa horas sentado estudando, o quanto uma vida sedentária pode trazer prejuízos para o corpo. “O sedentarismo é um mal do século XXI que causa inúmeros problemas de saúde. Trazendo para a realidade de uma pessoa que passa horas e horas dedicada aos estudos, seria de grande valia a realização de exercícios físicos para prevenção de qualquer dor muscular que possa surgir por conta de tantas horas em uma mesma posição”, reforça Emanuel Matos.

Exame físico
Mas além dos benefícios para a saúde física e mental, a prática de exercícios físicos na rotina do concurseiro pode estar relacionada ao próprio certame. Alguns concursos exigem Teste de Aptidão Física (TAF), como aqueles relacionados às carreiras policiais (Polícia Militar, Bombeiro, Polícia Civil, Federal e Rodoviária Federal) e a cargos como os de agente de trânsito, guarda municipal, técnicos na área de segurança e transporte. Nestes casos, o planejamento de estudos deve incluir exercícios físicos preparatórios para este teste, que pode ter caráter tanto classificatório como eliminatório.
Quem está sedentário e sabe que vai ter de encarar um TAF precisa se preparar com bastante antecedência. “É importante que a pessoa sempre esteja com a parte física em dia, porque isso vai facilitar quando tiver um concurso com um TAF. Começar do zero é muito mais desafiador”, afirma Emanuel Matos.
Como orienta o educador físico, atividades como corrida e musculação devem fazer parte dessa rotina de exercícios físicos. A musculação, explica, trabalha a força muscular dos membros superiores e a resistência abdominal, que são testados no TAF. 

Para começar
Para quem vai prestar exame de aptidão física, a recomendação é se planejar dentro do prazo estipulado de estudo. Além disso, Emanuel Matos orienta que o candidato analise todas as exigências do edital e procure o acompanhamento de um educador físico para montar um planejamento. Tendo o apoio de um profissional, o candidato poderá trabalhar cada requisito do TAF e melhorar aspectos do seu condicionamento físico que estão enfraquecidos. “Se a pessoa é fraca na natação, por exemplo, tem que fazer um trabalho específico nessa área para não correr o risco de passar na prova teórica e ficar no TAF por conta dessa preparação inadequada”, salienta o educador físico.
Para o profissional, um dos erros mais comuns de quem está estudando para concursos com TAF é focar muito mais na parte teórica do edital e deixar a preparação física para depois. Ele reforça que, para quem está parado, o resultado pode ser negativo. “Muitas vezes, entre o resultado da prova teórica e o TAF o prazo é de um mês, no máximo três. Para quem está totalmente parado, é impossível conseguir atingir os limites em quatro semanas de treino. A partir de oito semanas, é bem desafiador se a pessoa está zerada de condicionamento”, observa.
Outro problema é não investir numa orientação especializada. “As pessoas geralmente investem em cursos e apostilas para a parte teórica, mas não investem numa academia mais especializada ou numa preparação adequada com um profissional mais específico. É um erro deixar em segundo plano a parte do exercício físico, que pode reprovar tanto quanto a parte teórica”, alerta.