Concursos para professores

Confira dicas de quem já foi aprovado sobre como se preparar para concursos para docente.

Foto: Banco de imagens

A fortalezense Raquel Felipe de Vasconcelos, de 36 anos, foi aprovada no concurso para professora efetiva do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) em 2010. Já Welton Lima, de 28 anos, doutorando em Engenharia Elétrica na Universidade Federal do Ceará (UFC), foi aprovado no concurso de professor substituto do IFCE Campus Avançado do Pecém, em certame realizado em julho deste ano. Eles dão dicas para quem deseja se preparar para as seleções públicas para se tornar docente.

Prova prática
“A dica mais valiosa que posso dar, sabendo que concurso para professor passa obrigatoriamente por uma prova prática em que se deve dar aula, é que o candidato ministre muitas aula antes. Quanto mais aula ele der, mesmo que seja em casa, para filhos, esposa ou marido, ele ficará mais à vontade para falar para uma plateia”, enumera Raquel.

Legenda: Raquel Felipe de Vasconcelos, professora efetiva do IFCE
Foto: Ítalo Costa/ Divulgação

Outra coisa importante, ressalta, é estudar bastante o conteúdo abordado nessa prova didática. Mesmo que a banca não faça questionamentos (o que não é permitido em alguns concursos), pela fala do candidato é possível perceber o quanto ele domina o assunto e o quanto ele estudou para aquela aula, indica a docente. “Como já estive em bancas de concurso público para professor, posso afirmar isso por experiência própria”, acrescenta.

Welton conta que o processo seletivo para professor substituto do IFCE é simplificado: não há prova escrita; a avaliação dos candidatos é feita por meio de prova didática e prova de títulos. “Na prova didática, o candidato tem uma hora para dar uma aula em nível de graduação. O conteúdo é informado desde a abertura do concurso. Então há tempo hábil para preparar a aula e treinar bem. Esse tempo foi de um mês, no meu caso”, orienta o profissional.

Ele acrescenta que não é obrigatório ter especialização, mestrado nem doutorado para passar na prova. “O que é mais importante é fazer uma boa aula e, caso tenha algum título, ajuda no desempate”, esclarece. Essa importância se deu também no certame vivido por Welton pelo fato de a prova didática ter peso dois, enquanto a prova de título tinha peso um. Além disso, o candidato deve ter cuidado para não fugir do tema da prova, seja ela escrita ou didática, lembra Raquel Vasconcelos.

Prova de títulos
Em relação à prova de títulos, Welton Lima afirma que são os títulos que o candidato tiver: tempo de trabalho, tempo de magistério, especialização, mestrado ou doutorado.

Prova escrita
Nos concursos em que há exame escrito, a professora veterana aconselha a treinar muito para esse momento, refazendo os resumos várias vezes. “Quanto mais você escrever, mais sua cabeça e seu corpo (braço e mão, inclusive, que podem fadigar de tanto escrever) estarão preparados para o momento da prova”, salienta Raquel. Manter uma letra legível também é fundamental, frisa.

Legenda: Welton Lima, professor substituto do IFCE Campus Avançado do Pecém
Foto: Acervo pessoal

Ela também sugere que antes do seu concurso-alvo, você faça pelo menos um outro antes para “tirar o nervoso” da estreia e trazer experiência ao seu objetivo principal.

DICA EXTRA
O interessante para a aula (prova prática ou prova didática) é tentar levar alguma coisa prática, porque os avaliadores observam isso, o que o candidato pode trazer de novo para motivar os alunos. Trazer alguma coisa prática, mesmo que simples, é interessante para tentar chamar a atenção da banca, que está fazendo a função de aluno. E tentar seguir fielmente o plano de aula. Se você diz que vai usar o pincel, use o pincel. Se vai mostrar um livro, mostre o livro. Tentar não esquecer esses detalhes porque, no geral, o que eles avaliam é a sua aula de acordo com o que você disse que ia dar, que é o plano de aula.
Fonte: Welton Lima, professor substituto do IFCE Campus Avançado do Pecém.


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