Falar em público

Ter uma boa oratória é uma habilidade que pode ser desenvolvida. Confira dicas de como superar essa dificuldade.

Coração acelerado, mãos suadas e uma vontade enorme de fugir. Esses são alguns sintomas clássicos de quem tem medo de falar em público, um desafio que muitos profissionais precisam encarar durante a carreira, apresentando uma simples reunião ou ministrando palestras e cursos. Ter uma boa oratória é uma habilidade que pode ser desenvolvida. A seguir, especialista dá dicas de como superar essa dificuldade.

Comunicação eficaz

“Será que estou falando bobagem?”, “As pessoas estão me achando chato (a)?”. Quando a insegurança de se expressar em público fala mais alto, frases como essas surgem à mente. Se você se identifica com isso, não está sozinho. O medo de falar em público é mais comum do que se imagina. Uma pesquisa feita em 2015 pelo jornal britânico Sunday Times indicou que o “receio de falar em público” é o maior medo de 41% dos entrevistados, ficando à frente do temor de problemas financeiros (22%) e do medo de doenças e da morte (19%).

Como observa a fonoaudióloga Priscila Ribeiro, instrutora do Senac e Coach em Voz e Comunicação pelo Espaço Voz e Expressão, os maiores receios de quem tem medo de falar em público são ser reprovado (a) pela plateia, não ter o controle sobre as próprias emoções durante sua exposição ao grande público, esquecer o conteúdo e não ser um (a) comunicador (a) cativante. O segredo para ter uma boa comunicação na hora de se apresentar diante de uma plateia é preparar-se previamente, com planejamento, ensaio e uso adequado da linguagem. “O corpo precisa ser preparado para a voz ser bem emitida. Alongamento corporal, assim como o aquecimento vocal, são imprescindíveis numa boa performance frente ao grande público. Estar integralmente preparado (a) trará uma resposta comunicativa excelente”, afirma Priscila Ribeiro.

Técnicas

Na preparação, como aponta a especialista, podem estar incluídas técnicas de respiração como suporte para uma fala fluida, rítmica e organizada (também auxilia no controle do estresse), técnicas vocais, para uma voz de boa qualidade e de boa expressividade, técnicas para uma fala com maior clareza, mais clara e de dicção precisa, além de técnicas de expressividade, ou seja, uso de gestos e expressividade facial (adornos para a voz e fala) e técnicas de comunicação intrapessoal e interpessoal para aprender a lidar consigo e com os outros. “Podemos aprender novas habilidades para executar melhor nossos papéis e performances”, afirma Priscila Ribeiro.

Uma boa comunicação oral é importante tanto na vida pessoal como profissional. Quando há dificuldades nessa área, a orientação é buscar auxílio profissional. “Procure o profissional fonoaudiólogo, que é o especialista em distúrbios da comunicação humana. Só ele pode intervir nas inúmeras necessidades para uma boa performance comunicativa. Marque uma avaliação e descubra as melhores alternativas e intervenções para a melhoria da sua comunicação. A partir desse momento, e com um planejamento traçado, você se tornará o (a) comunicador (a) que deseja ser”, finaliza Priscila Ribeiro.

Dicas 
. Treine bastante antes da apresentação. Quanto mais dominar o assunto, mais seguro se sentirá;

. Faça ensaios gravados em vídeo e avalie o que pode ser melhorado;

. Cuide da sua voz. Hidrate as cordas vocais e evite forçá-la antes de apresentação. Para técnicas de preparação mais avançadas, procure um especialista;

. Tire o foco de si e coloque-o na apresentação. Encare-a como uma oportunidade de aprendizado;

. Evite gírias e termos técnicos que não fazem parte do universo do seu público;

. Tente agir naturalmente. Mesmo que cometa erros, eles não terão tanta relevância.


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