Pilotamos a versão Storm do novo SUV Ford EcoSport

Com visual inspirado na picape F-150 Raptor, versão do SUV pioneiro no Brasil agrada no desempenho urbano, tem tração integral, mas não é de trilhas severas

Um SUV que chama a atenção logo de cara. Assim é a versão Storm do EcoSport. Pioneiro na moda de Utilitários Esportivos no Brasil, o veículo não agrada apenas no visual.

Testamos o carro na zona urbana de Fortaleza, mas ainda colocamos numa pequena pista off-road para avaliar seu desempenho fora de estrada.

Vamos começar pela lista de itens de série. Ela é idêntica à do Eco Titanium, com ESP, ar-condicionado digital, sistema multimídia, sensor e câmera de ré, rodas de 17 polegadas (exclusivas) e chave presencial.

A única ausência foi o alerta de veículos no ponto cego, removido para reduzir o preço final do Storm.

O conjunto mecânico acompanha as mudanças do novo EcoSport, com um 2.0 aspirado com injeção direta e 176 cv aliado a um câmbio automático convencional de seis marchas.

A tração integral e a suspensão traseira independente adicionam mais aderência e controle, sobretudo em situações em que a traseira ameaça escapar. Mas esse tipo de cenário é raro no uso urbano, e poucos motoristas vão notar a diferença.

Mas no nosso caso entramos numa rua em que a suspensão teve de ser testada e aprovamos seu resultado. Mesmo com os solavancos por causa dos buracos, aguentou sem reclamar.

No quesito consumo até que o SUV foi bem. Foram 9,2 km/l no ciclo urbano e 12,5 km/l no rodoviário, sempre abastecido com gasolina. Uma média muito boa.

Voltando a escrever sobre o visual. Além do tom exclusivo (e sem custo adicional), o EcoSport Storm é vendido nas cores branca, cinza e preta. Nesta última opção, aliás, grade, rodas e adesivos continuam pretos, eliminando boa parte do impacto visual do novo modelo.

A verdade é que o novo modelo se destaca logo de cara pelo visual, no qual a nova grade com acabamento escuro e uma barra horizontal com o nome Storm em relevo chama a atenção. Inspirado na dianteira da picape F-150 Raptor (vendida no mercado dos Estados Unidos), o estilo da parte frontal é complementado pelos faróis com máscara negra e pelo para-choque com acabamento diferenciado.

Rodas de liga leve de 17 polegadas com desenho exclusivo, pacote de adesivos e capa de estepe personalizada são outros itens estéticos. Por dentro, a cabine, para o bem e para o mal, é idêntica à do EcoSport Titanium. Estão lá o prático sistema multimídia SYNC 3, teto solar, ar digital, chave presencial e bancos de couro, mas apliques bronze no painel, portas e costuras diferenciam a versão 4×4.

A novidade é a tração integral acoplada ao câmbio automático, diferente da geração anterior, que só podia contar com caixa manual de 6 marchas.

O câmbio é o mesmo que equipa os demais EcoSport automáticos, com seis marchas e opção de trocas manuais por meio de borboletas no volante. A tração integral atua sob demanda, ou seja, está sempre conectada - embora a tração seja dianteira. Em casos extremos, o sistema pode enviar até 50% da força do motor para as rodas traseiras. Mas se você é das trilhas pesadas, não vá de EcoSport. A vantagem do sistema de tração permanente é a segurança ao rodar sobre pisos com baixa aderência, já que o Controle Inteligente de Torque (ou ITCC, na sigla em inglês) se encarrega de distribuir automaticamente a força do motor para as rodas que mais precisam.

Ficha técnica

Motor: 2.0l, flex, 4 cilindros, injeção direta

Potência: 170 cv (G) / 176 (E) a 6.500 rpm, 20,6 mkgf (G) / 22,5 mkgf (E) a 4.500 rpm

Câmbio: automático, 6 marchas, tração integral 4x4, sob demanda

Suspensão: McPherson (dianteiro), multibraço (traseiro)

Rodas e pneus: 205/50 R17

Porta-malas: 356 litros

Preço: R$ 99.990,00

Fonte: Ford

Consumo

9,2Km/l

foi o consumo médio de gasolina na área urbana de Fortaleza. Já na estrada, o SUV da Ford fez 12,5 km/l. Boas médias para um carro desse porte