Amortecedor: mitos e verdades

Entenda melhor a importância dessa peça para a segurança de motoristas e passageiros.

Foto: Foto Banco de Imagens

Componentes essenciais para a segurança veicular, os amortecedores têm a função de controlar a ação das molas na suspensão, evitando a oscilação excessiva do veículo e mantendo os pneus sempre em contato com o solo, garantindo assim a estabilidade e a dirigibilidade do veículo nas mais diversas condições de terreno. Consultores da  marca Magneti Marelli Cofap desvendam os principais mitos e verdades sobre essa autopeça. Confira.

Amortecedores aceitam recondicionamento.
MITO.
Amortecedores não devem ser recondicionados. A grande maioria das peças vendidas como recondicionadas na verdade são amortecedores usados e já descartados que  receberam apenas uma pintura nova ou que tiveram apenas o óleo substituído por um fluido fora dos parâmetros exigidos para o seu correto funcionamento. Além do óleo   original, cuja composição é desenvolvida pelos fabricantes de fluidos em parceria com as montadoras especificamente para essa finalidade, um amortecedor é composto por diversos componentes internos, sujeitos a desgastes por atrito. Ou seja, como os componentes internos e o óleo não são encontrados livremente no mercado, os  amortecedores ditos recondicionados continuam com os componentes internos originais, porém comprometidos, em razão do desgaste, colocando em risco a segurança de motoristas e passageiros.

Amortecedores recondicionados têm a mesma eficiência dos novos.
MITO.
Como os componentes internos estão desgastados, os amortecedores recondicionados estão sujeitos a apresentar grande perda de eficiência e, consequentemente, causar sérios problemas, como perda de dirigibilidade e de estabilidade (principalmente nas curvas), aumento na distância da frenagem, desgaste prematuro dos pneus e desgaste dos demais componentes do sistema de suspensão, como coxins e buchas. Há, ainda, o risco de travamento dos amortecedores, afetando perigosamente o controle do veículo. 

Amortecedor precisa ter selo do Inmetro.
VERDADE.
Todos os amortecedores comercializados no Brasil devem possuir o certificado do Inmetro, que garante a qualidade da peça para o mercado reparador. Isso acontece justamente pelo fato de o amortecedor ser um dos itens de segurança mais importantes do veículo. Por isso, na hora de substituir o componente é essencial procurar por uma marca que seja referência pela qualidade, confiabilidade e garantia. A certificação Inmetro também é obrigatória para amortecedores importados. O processo de certificação do Inmetro exige auditoria nas fábricas e que os amortecedores sejam testados em laboratórios credenciados segundo uma série de parâmetros técnicos determinados pelo próprio Inmetro. Se atendidos esses parâmetros, o certificado é concedido exclusivamente para cada fábrica e para os amortecedores ali produzidos. A certificação está sujeita, ainda, a um processo de manutenção anual, ou seja, lotes aleatórios de amortecedores devem ser submetidos a novos testes, anualmente, em laboratório credenciado, para garantir a manutenção do certificado. Caso haja não-conformidades, o Certificado é suspenso. Os amortecedores que conquistam o certificado devem apresentar, obrigatoriamente, o selo Inmetro gravado no tubo externo e também na embalagem, de maneira que o consumidor esteja certo de estar adquirindo um produto qualificado. Os amortecedores Cofap são certificados desde 2012. Mas, falando dos amortecedores recondicionados, já que se tratam de peças usadas e descartadas, elas podem apresentar o selo do Inmetro do fabricante original, levando o consumidor a crer que aquela peça recondicionada é certificada, o que não é verdade.

Amortecedor em mau estado pode provocar aquaplanagem.
VERDADE.
O desgaste dos componentes internos dos amortecedores leva à perda de eficiência e pode causar a redução do contato dos pneus com o solo. Nos dias chuvosos, isso pode agravar a ocorrência de aquaplanagem, que ocorre quando os pneus perdem o contato com o solo devido à lâmina de água sobre o asfalto. Sem o contato dos pneus com a pista, o motorista perde totalmente o controle do veículo, o que pode gerar acidentes. O fenômeno de aquaplanagem pode ocorrer até mesmo com um veículo novo, dependendo de sua velocidade. Porém, amortecedores em mau estado agravam severamente a situação pois a aquaplanagem poderá ocorrer em velocidades bem mais baixas.

A substituição deve ser feita sempre em pares.
VERDADE.
A recomendação é que a substituição de amortecedores seja feita sempre aos pares, para cada eixo. Isso porque, se um amortecedor novo trabalhar em conjunto com outro usado (mesmo que ainda esteja em condições de uso) num mesmo eixo, poderá haver um desequilíbrio, prejudicando a dirigibilidade. A manutenção veicular e a substituição de qualquer componente devem ser realizadas em decorrência de quebra ou preventivamente, conforme a percepção do motorista ou o diagnóstico efetuado por profissional treinado. A garantia Cofap cobre peças defeituosas, conforme os procedimentos informados no Certificado de Garantia que acompanha os amortecedores.