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Geraldo Alckmin formaliza filiação ao PSB

Ex-governador de São Paulo negocia vice-presidência em chapa com Lula

Escrito por Diário do Nordeste e Estadão Conteúdo ,
filiação de alckimin
Legenda: Ex-governador de São Paulo trocou de partido nesta quarta-feira (23)
Foto: Reprodução

O ex-governador de São Paulo, Geraldo Alclmin, filiou-se na manhã desta terça-feira (23) ao PSB. O ato reforça uma possível formação de chapa com o ex-presidente Lula para disputa da Presidência da República.

O evento ocorreu em Brasília e teve presença de políticos e parlamentares. Também assinaram a ficha de filiação o senador Dário Berger e o vice-governador do Maranhão, Carlos Brandão.

O ato contou com a presença do presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, do presidente da Fundação João Mangabeira, Márcio França, dos governadores Flávio Dino, Paulo Câmara, Renato Casagrande e João Azevedo, e de outras lideranças nacionais do partido. Gleisi Hoffmann representou o PT. 

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Referência a Lula

Durante a filiação, Alckmin saudou o partido por apoiar a pré-candidatura do ex-presidente Lula à Presidência, disse que o petista representa a democracia e afirmou que, se eleito, Lula irá reinserir o País no cenário mundial. 

"Eu quero cumprimentar, Carlos Siqueira, o PSB pela decisão de apoiar o presidente Lula para presidente da República. É ele. Nós temos que ter os olhos abertos para enxergar, a humildade para entender que ele é hoje aquele que melhor reflete e interpreta o sentimento de esperança do povo brasileiro", afirmou Alckmin, em discurso após assinar a ficha de filiação.

"Aliás, ele representa a própria democracia, porque ele é fruto da democracia. Ele não chegaria lá (na Presidência) do berço humilde que sempre foi se não fosse o processo democrático", acrescentou, ainda em referência a Lula.

O ex-governador fez críticas veladas ao presidente Jair Bolsonaro (PL) ao citar ameaças ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao sistema eleitoral — o chefe do Executivo levanta dúvidas sobre a lisura das urnas eletrônicas, sem apresentar provas.

Alckmin disse ainda que política exige "coragem" e que, apesar de ter disputado eleições contra Lula, os dois nunca colocaram a democracia em risco. "Não tenho dúvida de que o presidente Lula, se Deus quiser, eleito, vai reinserir o Brasil no cenário mundial", declarou.

Responsabilidade fiscal

Alckmin também disse que o governo do ex-presidente Lula foi um exemplo de responsabilidade fiscal. "Eu não posso falar em nome do presidente Lula, mas posso dizer que a história dele é a história do debate, da busca de entendimento, de buscar conciliação. Isso é história, não tenho dúvidas de que ele, sempre nas grandes decisões, vai ouvir, dialogar", disse Alckmin, ao ser questionado sobre críticas do petista à reforma trabalhista de 2017.

"Sobre a questão fiscal, a dívida PIB quando o presidente Lula entrou e quando ele saiu você vai ver que era muito menor. Na verdade, isso é um exemplo de responsabilidade fiscal", acrescentou.

Atuação

Ao ser questionado sobre o papel que espera exercer num eventual novo governo Lula, caso seja eleito vice-presidente, Alckmin respondeu que a disposição é de "ajudar". "Eu acho que reunir experiência executiva e legislativa. Eu fui vereador, deputado estadual e deputado federal constituinte, prefeito, vice e governador", disse.

O ex-governador também declarou que Lula tem "o pé no chão" e tem defendido uma aliança para vencer a eleição e governar.

 

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