A pesquisa de boca de urna para presidente não será realizada no primeiro turno das eleições de 2022, pela primeira vez desde a redemocratização do país. O levantamento em questão era algo recorrente entre os grupos de pesquisa.
Tradicionalmente, os dados eram colhidos junto aos eleitores na porta das seções eleitorais e divulgados quando as urnas eram lacradas, no dia da votação, a partir das 17h.
O Ipec, formado por ex-executivos do Ibope, decidiu não enviar pesquisadores às ruas no dia 2 de outubro, mas não revelou quais os motivos para tal. Enquanto isso, o Datafolha, que realizou a pesquisa de 1989 a 2000, também não fará o levantamento.
Dos grupos de pesquisa, o Quaest foi um dos que revelou a motivação. "Não faz sentido, dado que é muito caro e o resultado oficial sai logo em seguida", confirmou Felipe Nunes, CEO da empresa.
Eleições de 2018
Nas últimas eleições, de 2018, o Ibope foi a única empresa a divulgar a pesquisa em questão no primeiro turno. Os números, no entanto, só podem ser revelados a partir das 17h no dia da eleição.
O custo do último levantamento, que entrevistou 30.000 pessoas, foi de R$ 347.653,33. Conforme o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o pagamento ficou sob responsabilidade da própria empresa.