Legislativo Judiciário Executivo

Davi Alcolumbre nega atuação em 'rachadinha'

Esquema foi revelado em reportagem da revista Veja. Senador disse que cobrará investigação

Escrito por Estadão Conteúdo ,
Senador Davi Alcolumbre
Legenda: Davi Alcolumbre (DEM-AP) negou ter operado o suposto esquema de "rachadinha" em seu gabinete
Foto: Agência Brasil

O senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) negou nesta sexta-feira (29) ter operado o suposto esquema de "rachadinha" em seu gabinete. Reportagem da revista Veja afirma que o ex-presidente do Senado empregou seis mulheres cuja única função era servir como instrumento do conhecido mecanismo de desvio de recursos públicos. 

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Admitidas, elas abriam uma conta no banco, entregavam o cartão e a senha a uma pessoa da confiança do senador e, em troca, ganhavam uma pequena gratificação. Salários, benefícios e verbas rescisórias a que elas teriam direito não ficavam com elas. O valor estimado da fraude é de pelo menos R$ 2 milhões, de acordo com a revista.

"Nunca, em hipótese alguma, em tempo algum, tratei, procurei, sugeri ou me envolvi nos fatos mencionados, que somente tomei conhecimento agora, por ocasião dessa reportagem", afirmou Alcolumbre em nota. Atual presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o senador disse que tomará providências para investigação dos fatos.

Mendonça

Desde agosto, Alcolumbre resiste a pautar a indicação do ex-ministro André Mendonça para o Supremo Tribunal Federal (STF) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. A escolha do nome foi encaminhada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas depende de sabatina na comissão e de aprovação no plenário.

Nos últimos meses, Alcolumbre foi criticado publicado pelo presidente Jair Bolsonaro em função do impasse para convocar a sabatina de Mendonça. O presidente da CCJ relacionou o cenário às acusações. Neste mês, ele teve um primo, o ex-deputado estadual Isaac Alcolumbre, preso em uma operação da Polícia Federal.

Ao se defender, o senador diz ser vítima de uma "orquestração" política. "Continuarei exercendo meu mandato sem temor e sem me curvar a ameaças, intimidações, chantagens ou tentativas espúrias de associar meu nome a qualquer irregularidade", diz a nota. "É nítido e evidente que se trata de uma orquestração por uma questão política e institucional da CCJ e do Senado Federal ".

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