Legislativo Judiciário Executivo

CPI das Associações Militares: Presidente da APS será ouvido nesta terça (7); acompanhe ao vivo

Cleyber Araújo havia sido o primeiro a prestar depoimento; movimentações financeiras da associação são questionadas por parlamentares

Escrito por Felipe Azevedo, Luana Barros , politica@svm.com.br

A CPI das Associações Militares volta a ouvir, nesta terça-feira (7), o presidente da Associação de Profissionais de Segurança (APS), Cleyber Araújo. Ele foi a primeira testemunha a prestar depoimento à comissão. Na época, parlamentares indagaram a respeito de movimentações financeiras da entidade, incluindo saques 'na boca do caixa' em períodos próximos ao motim dos policiais militares em 2020.

O novo convite foi feito após requerimento do deputado Marcos Sobreira (PDT). Os parlamentares querem Araújo a respeito de informações de outros depoimentos feitos à comissão, além de novos dados de documentos obtidos ao longo da investigação. 

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Em entrevista antes do novo depoimento, Cleyber Araújo criticou o fato de a APS ter sido a associação militar que teve mais integrantes convidados pela comissão. Além dele, também foram ouvidos o ex-presidente da entidade, vereador Sargento Reginauro, e dois ex-tesoureiro, Rêmulo Silva e Elton Regis do Nascimento. Araújo afirmou ainda que espera que deputados "tenham mais responsabilidade" e tratem a todos com "com mais dignidade e respeito".

Ratifico que a APS não financiou, não motivou, não participou, não colaborou com a paralisação de fevereiro de 2020. Esperamos que a gente consiga passar isso e que os deputados, principalmente o relator (Elmano de Freitas),  tenha mais responsabilidade e trate a todos, principalmente eu que estou aqui como convidado, com mais dignidade, com mais respeito.
Cleyber Araújo
Presidente da Associação de Profissionais da Segurança

Saques 'na boca do caixa'

O primeiro depoimento de Cleyber foi um dos mais polêmicos tomado pelos parlamentares. À época, o deputado estadual Elmano de Freitas (PT), relator do colegiado, questionou sobre o saque de R$ 2,3 milhões "na boca do caixa" pela APS, ao longo dos últimos 5 anos.

Entre os valores citados, a retirada de R$ 89 mil em fevereiro de 2020 e R$ 50 mil em maio de 2020. Ao responder o petista, Araújo disse que os recursos não eram usados pela associação, mas “para as demandas dos associados". Ele citou como exemplos a assistência jurídica e psicológica, auxílio funeral e reformas em quartéis.

Na época, Cleyber já havia negado qualquer envolvimento da APS com o motim.

"Em relação à participação da associação na paralisação: nós não participamos, nós não motivamos, nós não financiamos. (...) Há diversa documentação que inclusive já foi enviada para a CPI que comprova exatamente isso"
Cleyber Araújo
Presidente da Associação dos Profissionais de Segurança (APS)

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