Legislativo Judiciário Executivo

Bolsonaro nega ter comemorado liberdade de Lula e ataca Moro

O presidente chamou o ex-aliado de 'sem caráter'

Escrito por Estadão Conteúdo e Diário do Nordeste ,
Moro ao lado de Bolsonaro
Legenda: Bolsonaro disse que Moro é uma pessoa "sem caráter" e
Foto: Carolina Antunes/PR
O presidente Jair Bolsonaro (PL) dedicou parte de sua tradicional live nas redes sociais, nesta quinta-feira (2), para atacar ao ex-ministro da Justiça Sérgio Moro — provável rival nas eleições de 2022. Na ocasião, ele negou que tenha comemorado a soltura do ex-presidente Lula (PT). 
 
De acordo com chefe do Executivo, seu antigo aliado é uma pessoa "sem caráter" e o vazamento da troca de mensagens entre Moro e os procuradores da Lava Jato expôs uma "vergonhosa troca de informações".
 

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"A última notícia dele [Moro] é que 'Bolsonaro comemorou quando Lula foi solto, diz Moro'. É um vídeo, e ele fala 'ouvi dizer'. É um papel de palhaço, um cara sem caráter", disse. 
 
"Agora ele vai me acusar disso, que comemorei. 'Ouvia no Palácio do Planalto que ele comemorou porque era bom politicamente para ele'. Tá de brincadeira. Mentiroso deslavado!, afirmou o presidente"
 
Moro fez em entrevista a uma rádio, na manhã desta quinta, dizendo que ele teria comemorado a saída do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva da prisão.
 
"Esse cara está mentindo descaradamente. Em vez de mostrar o que fez, fica apontando dedos para os outros e mentindo", criticou o presidente. 
 
"É papel de palhaço, um cara sem caráter. Saiu do governo pela porta dos fundos, traindo a gente, querendo trocar o diretor-geral da Polícia Federal por sua indicação ao Supremo. Aprendeu rápido, hein Sérgio Moro? Aprendeu rápido a velha política", acrescentou.

Bolsonaro ainda sinalizou que pode revelar quem teria vazado para a imprensa informações coletadas pelo Coaf sobre sua família.

"Vou trazer algo sobre isso semana que vem. Em dado momento, descobriram a pessoa que vazava as informações do Coaf para a imprensa. E os procuradores rindo do vazamento", disse o presidente, para quem os membros da força-tarefa teriam votado no então candidato Fernando Haddad (PT) contra ele no segundo turno das eleições de 2018.

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Disputa

Para 2022, a ideia do governo é injetar "sangue novo" na política, nas palavras de Bolsonaro. Nesta semana, o presidente se filiou ao PL, um dos principais partidos do Centrão.

O presidente também apresentou alguns aliados que devem estar nas urnas em 2022, como o ex-senador Magno Malta (PL-ES) e os ministros Tereza Cristina (Agricultura), Onyx Lorenzoni (Trabalho e Previdência) e João Roma (Cidadania).

Afirmou, por outro lado, que a candidatura do titular da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, ao governo paulista ainda não está certa e escancarou a queda de braço entre os ministros Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional) e Fábio Faria (Comunicações) para ver quem terá o apoio do Palácio do Planalto para concorrer ao Senado pelo Rio Grande do Norte. "Estão em disputa enorme", disse. Faria também é um nome cotado para vice na chapa de Bolsonaro à reeleição, em 2022.

 

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