Legislativo Judiciário Executivo

Após reações, gestão de Cascavel diz que reforma da Previdência não prejudica servidores

Aprovação das novas regras para aposentadoria dos servidores municipais ocorreu em duas sessões extraordinárias com 40 minutos de intervalo

Escrito por Redação ,
Reforma da previdência em cascavel gera polémica
Legenda: Proposta da Prefeitura foi aprovada por 7 votos a 3
Foto: Natinho Rodrigues

Após a aprovação célere da reforma da Previdência de Cascavel ter gerado questionamentos de vereadores de oposição e servidores municipais, a Prefeitura do Município sustentou, nesta quarta-feira (14), que a mudança não trará prejuízos ao funcionalismo público. Os esclarecimentos, no entanto, não citam as manifestações acerca da rapidez do trâmite na Câmara Municipal.  

A Mensagem 42/2021 chegou à Câmara Municipal de Cascavel, na sexta-feira (9), em "regime de urgência, urgentíssima", conforme o texto da proposta. Na segunda (12), foi aprovada pelos vereadores.

Opositores e servidores argumentaram que a tramitação do projeto na Casa, em regime de urgência, não teria cumprido os prazos estabelecidos no Regimento Interno da Câmara.  

O texto foi aprovado com 7 votos favoráveis e 3 contrários. Com 83 páginas, o projeto de lei institui a reforma da Previdência Municipal a partir das alterações feitas, em 2019, pelo Congresso Nacional.

Prefeitura

Em comunicado, a Prefeitura elencou pontos técnicos da reforma, mas não se posicionou acerca das reinvindicações feitas pelos servidores quanto à celeridade da tramitação.  

Segundo a gestão municipal, "não houve qualquer prejuízo na aposentadoria dos servidores". O comunicado justifica que " a contribuição de servidores de 14% foi imposta pela Emenda constitucional nº 103/2019, que de forma direta impôs aos Estados e Municípios a necessidade de majoração da contribuição".  

Acerca da contribuição patronal, a nota assegura que não houve redução de 22% para 14%. Segundo o informe, a contribuição anterior era de 13,13% e não 22% (do INSS).  

Entre as alterações sugeridas no projeto, está a mudança na contribuição: a do Executivo passaria de 22% para 14%, enquanto a contribuição dos servidores passa de 11% para 14%. Ao contrário das regras em vigor, aposentados também passam a ser taxados.  

"Essa alíquota é base, que somada com as alíquotas suplementares decorrentes das avaliações atuariais anuais, antes da nova lei importava em contribuição patronal de 22,75%, e que com a elevação, em janeiro de 2022, pode chegar a 23,62%.", completa ainda a nota.  

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