O Supremo Tribunal Federal (STF) agendou para os dias 11 e 21 de agosto o julgamento do inquérito contra a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal. A relatoria é do ministro Gilmar Mendes.
A investigação diz respeito ao episódio em que Zambelli perseguiu um homem com uma arma em punho em São Paulo.
O inquérito será julgado no plenário virtual, em que os ministros depositam os votos por escrito em ambiente digital, sem debate. Cristiano Zanin, o novo ministro, toma posse no dia 3 de agosto e já poderá participar do julgamento
O processo corre sob sigilo no STF. A denúncia foi oferecida pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em janeiro.
Perseguição armada
Em outubro do ano passado, às vésperas do segundo turno das eleições, Zambelli, que apoiava o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), discutiu com um apoiador do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) — à época, candidato à Presidência — em um bairro nobre de São Paulo.
Carla Zambelli atravessou a rua com a arma empunhada, perseguindo o homem, e entrou em um bar. O segurança da parlamentar chegou a disparar uma arma durante a confusão, e foi preso.
Na denúncia, a PGR considera que Zambelli não tinha autorização para usar arma ostensivamente em público. A parlamentar possuía porte de arma de fogo de uso permitido para defesa pessoal.
Em nota, a deputada reforçou que tinha porte de arma autorizado pela Polícia Federal e que, no ato, "somente sacou a arma pois foi dada voz de prisão à pessoa que injustamente lhe agredia e ameaçava por diversas vezes".