O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados foi acionado pelo Partido dos Trabalhadores (PT) por causa de fala sobre nazismo do deputado federal Kim Kataguiri (DEM). Ele afirmou, no polêmico episódio do podcast Flow, que a Alemanha errou em ter criminalizado o partido nazista.
Kataguiri estava na mesma mesa com Bruno Aiub, o Monark, e os dois compartilharam da ideia de que "nazista tinha que ter o partido nazista, reconhecido pela lei".
Segundo o portal g1, a representação petista foi assinada pela presidente da legenda, Gleisi Hoffmann e pelo líder do PT na Câmara, Reginaldo Lopes.
No texto, eles falam que "ao defender abertamente a descriminalização de uma doutrina que prega a disseminação de ódio e intolerância, o Deputado Federal representado se distancia de seus deveres constitucionais e deixa de ser amparado pela imunidade parlamentar material".
O PT ainda pontua que "os fatos narrados consistem em ato intolerável e de extrema gravidade". A sigla ainda pediu abertura de processo por quebra de decoro parlamentar do deputado.
O Progressistas (PP) já adiantou que também entrará com representação semelhante no colegiado nesta quinta-feira (10).
Kim Kataguiri se pronuncia
Em nota ao g1, Kim Kataguiri afirmou que o pedido do PT "não tem fundamento". O deputado, no entanto, disse que colaborará "com todas as investigações, apesar de lamentar o inquestionável uso político que meus adversários históricos fazem de uma 'fake news' para atacar minha reputação e honra".
Ele negou fazer apologia ao nazismo. "Na oportunidade, debatiam-se meios para combater o nazismo — ideologia à qual desprezo veementemente — e sugeri que a divulgação de sua podridão permitiria às pessoas repudiá-la e, assim, evitar que a história venha a se repetir", comentou.