Lula evita citar nomes para a sucessão em 2026, mas elogia ministros: 'Evitar briga interna'

O presidente não descarta concorrer a reeleição, mas disse preferir não falar sobre o tema agora

O presidente Lula (PT) evitou citar nomes de aliados que podem ser candidatos a sucessão da presidência da República em 2026. "Eu não posso insinuar um nome, dois nomes, porque vou começar a ter uma briga interna no governo", afirmou. 

A declaração foi dada em entrevista exclusiva ao Diário do Nordeste e a Verdinha FM 92,5 nesta quinta-feira (20), na chegada do presidente a Fortaleza, para a terceira visita dele ao Ceará em 2024. 

Apesar de preferir não citar nomes, ele elogiou os ministros que integram o governo federal. "A qualidade dos ministros que tenho, quase todos eles com experiências em prefeitura, secretariado, ministério, governo. Qualquer um deles está preparado", garantiu. 

Segundo ele, a definição deve ter em vista o "potencial dos adversários". "E vai ver dentre os candidatos, quem tem mais chance ou não", ponderou. Ele não descarta uma candidatura à reeleição, mas disse não ser o momento de falar sobre essa possibilidade. "Não posso discutir minha candidatura agora, eu já fui abençoado por Deus com três mandatos", pontuou.

"Se chegar a hora de decidir e eu perceber que os negacionistas que destruíram o país, que passaram a ideia que o jeito para melhorar a vida da população é vender arma do povo, é escola cívico militar, é mentira na internet, é mentir sobre religião, eu sinceramente vou fazer um esforço incomensurável para não deixar um negacionista voltar a presidir esse País", pontuou, sem citar diretamente o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

'Unanimidade'

Durante a entrevista, Lula aproveitou para elogiar o ministro da Educação, Camilo Santana (PT). O presidente voltou a citar o motivo para ter convidado o ex-governador cearense para assumir a pasta do governo federal. 

"Não tinha outra razão a não ser a qualidade da Educação no Ceará", garantiu. "Não foi pelos belos olhos de Camilo. Não foi pelos 80%, 85% de aprovação no Estado. Parece ser uma unanimidade no Estado", citou.