Família que hostilizou Moraes no aeroporto de Roma envia desculpas ao STF e pede fim de processo

Os brasileiros tentam extinguir punições previstas em lei, já que são acusados de calúnia, injúria e crime de abolição do Estado Democrático de Direito

A família brasileira que hostilizou o ministro Alexandre de Moraes em 2023 no aeroporto de Roma enviou, nesta sexta-feira (29), ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido de desculpas formal. Eles pediram que fosse encerrada a disputa judicial, pois eles respondem na Justiça por crimes de calúnia e injúria contra Moraes e seus familiares. 

Os acusados ainda respondem por abolição do Estado Democrático de Direito. O documento foi assinado por Roberto Mantovani Filho, Andreia Munarão e Alex Zanata Binotto, que pediram a presença de Moraes para as desculpas em pessoa. O trio foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR). 

Conforme o portal Uol, o pedido de desculpas pode extinguir uma eventual pena contra a família, mas somente se Alexandre de Moraes aceitar receber a retratação.

"Roberto Mantovani Filho, Andreia Munarão e Alex Zanata Binotto, denunciados, infra-assinados, nos autos do inquérito policial em epígrafe, comparecem, reverentemente, à presença de Vossa Excelência, a fim de, relativamente aos fatos ocorridos no Aeroporto de Roma, se retratarem com as vítima", diz trecho da manifestação encaminhada pela defesa dos acusados ao STF. 

O grupo havia tentado que o processo fosse rejulgado no STF, mas o relator do caso, ministro Dias Toffoli, decidiu que não cabia, pois já eram fatos "decididos e confirmados".

Ministro foi chamado de bandido 

Na ocasião, Andreia Munarão, uma das integrantes da família, chamou Moraes de "bandido, comunista e comprado". 

Em representação enviada a PF, o ministro Moraes disse que estava na área de embarque do aeroporto quando Andréia se aproximou e deu início aos xingamentos. Em seguida, um deles "passou a gritar e, chegando perto do meu filho, o empurrou e deu um tapa em seus óculos". 

Na continuação do documento, o ministro disse que, momentos depois, "a esposa Andréia e Alex Zanatta, genro do casal, retornaram à entrada da sala VIP onde eu e minha família estávamos e, novamente, começaram a proferir ofensas".

Os agressores foram abordados pela PF assim que pousaram no Brasil.