O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) revelou, na noite dessa quinta-feira (14), durante um evento evangélico em Brasília, que chora "sozinho no banheiro" de casa sob a justificativa de uma decisão "mal tomada" pode repercutir negativamente na sociedade.
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“Quantas vezes eu choro sozinho no banheiro em casa. Minha esposa [Michele Bolsonaro] nunca viu, ela acha que eu sou o machão dos machões. Em parte acho que ela tem razão até”, disse o chefe do Executivo. “Uma decisão minha mal tomada, muita gente sofre, mexe na bolsa, no dólar, no preço do combustível”, admitiu.
O mandatário também voltou a mencionar a privatização da Petrobras. “Agora toda vez que aumenta o combustível a culpa cai para mim. Será que temos que privatizar a Petrobras ou não?”, repetiu horas depois de declarar o interesse em vender a estatal e não conseguir controlar o preço do combustível no país.
Crise de energia
Bolsonaro informou que determinará ao Ministério das Minas e Energia (MME) o fim da bandeira "Escassez Hídrica", taxa adicional na conta de luz dos brasileiros.
“Meu bom Deus nos ajudou agora com chuva. Estava na iminência de um colapso. Não podíamos transmitir pânico para a sociedade. Dói a gente autorizar o ministro Bento das Minas e Energia decretar a bandeira vermelha. Sabemos da dificuldade da energia elétrica. Vou pedir para ele, pedir não, determinar que ele volte a bandeira normal a partir do mês que vem”, anunciou.
Ainda no evento religioso, o presidente repetiu o discurso de que o Governo Federal atua dentro das "quatro linhas" da Constituição. No entanto, ele enfatizou que apesar da harmonia entre os Poderes, o Executivo deve estar à frente da tomada de decisões.
"Eu jogo dentro das quatro linhas [da Constituição], mas também não podemos aceitar que nenhuma pessoa jogue fora das mesmas. Os três Poderes são independentes e harmônicos. O Legislativo é extremamente importante para fiscalizar o Executivo. O Judiciário da mesma maneira, para dirimir os conflitos. Mas o Executivo tem que estar na frente para tomar as decisões. A gente não pode o tempo todo ser tolhido, impedido, por qualquer coisa, de prosseguir na nossa missão ".