Prefeito de Fortaleza, José Sarto (PDT) diminuiu o tom de crítica contra o governador Elmano de Freitas (PT) e preferiu ressaltar as "convergências" entre os dois gestores. Indagado sobre uma recomposição entre os dois, Sarto ressaltou que "não há ruptura" e sim "uma divergência madura".
Há pouco mais de um mês, o discurso do prefeito de Fortaleza é de que Elmano ainda "não mostrou a que veio" e que, até aquele momento, a gestão estadual tinha tido "pouca interlocução" com os municípios, inclusive que ainda não havia sido convidado "para ter o privilégio de bater um papo com o governador".
Na época das críticas, em abril, Elmano respondeu que "seria bom descer do palanque, pensar menos na reeleição e mais na cidade". O governador acrescentou ainda que estava "à disposição para trabalhar junto".
Nesta terça-feira (16), Sarto preferiu colocar panos quentes quando indagado sobre a relação com Elmano. As declarações do prefeito foram feitas no Palácio da Abolição, onde participou de assinatura de contrato de Parceria Público-Privada (PPP) para universalizar o esgotamento sanitário em Fortaleza e outros seis municípios.
"Não é recompor, porque não houve nada novo, nada de ruptura. O que existe é uma divergência, a meu juízo, madura de dois representantes populares. Ele governador, eu prefeito, que fazem aqui e acolá uma observação natural. (...) Não é um reatamento, porque não ruptura".
Ele chegou a reelembrar o período em que os dois foram deputados estaduais e que sentavam "do mesmo lado da bancada". "Temos mais convergências do que divergências", completou.
Quando indagado sobre uma possível aliança para as eleições municipais de 2024, quando poderá tentar a reeleição, Sarto preferiu desconversar. "A gente tem que se preocupar em gestão. Eleição é o ano que vem", disse.
O prefeitou acrescentou que, se ele e Elamano estiverem em lados diferentes nas eleições de 2024, "cada um vai defender a sua tese", algo considerado "natural" por Sarto.