O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou nessa terça-feira (3) que a Polícia Federal elabore um relatório sobre o material obtido com a quebra de sigilo telemático no inquérito sobre o suposto vazamento de dados sigilosos pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).
Moraes ordenou que o documento seja "minucioso" com a análise de "todo o material colhido a partir da determinação da quebra de sigilo telemático, preservado o sigilo das informações".
Ainda no despacho, o ministro ponderou que a PF encaminhou os dados coletados ao concluir a investigação, mas não elaborou o relatório específico da diligência (quebra de sigilo telemático).
Moraes considera que esse relatório é “essencial para a completa análise dos elementos de prova pela Procuradoria-Geral da República”.
O inquérito apura as condutas do presidente da República Jair Messias Bolsonaro, do deputado federal Filipe Barros e do delegado da Polícia Federal Victor Neves Feitosa Campos.
Segundo o ministro, os investigados divulgavam de dados do inquérito sigiloso da PF "por meio de perfis verificados nas redes sociais, com o objetivo de expandir a narrativa fraudulenta contra o processo eleitoral brasileiro, com objetivo de tumultuá-lo, dificultá-lo, frustrá-lo ou impedi-lo, atribuindo-lhe, sem quaisquer provas ou indícios, caráter duvidoso sobre a lisura do sistema de votação no Brasil".