Primeiro dia de campanha movimenta capitais brasileiras

Apesar das limitações impostas pela pandemia, candidatos ao Executivo municipal não abriram mão de agendas na rua e em contato direto com os eleitores; algumas cidades, como São Paulo, registraram aglomerações

Escrito por Redação ,
Legenda: Líder nas pesquisas Datafolha e Ibope sobre intenções de voto em São Paulo, Celso Russomanno (Republicanos) preferiu ficar recluso, ontem (27)
Foto: Agência Câmara

As limitações impostas pela pandemia do novo coronavírus obrigaram candidatos ao Executivo nas cidades brasileiras a adaptarem as suas agendas para esse primeiro dia de campanha. Enquanto em alguns municípios houve registro de aglomerações, em outros candidatos priorizaram compromissos virtuais nesse início da corrida eleitoral deste ano.

Em São Paulo, a maioria dos candidatos não deixou de ir para a rua, mas o tradicional corpo a corpo foi substituído por carreatas e atividades com menos pessoas. Ainda assim, houve aglomerações.

Celso Russomanno (Republicanos), no entanto, ficou recluso no primeiro dia de campanha de rua e passou o dia reunido com assessores, sem agenda. Candidato à reeleição, o prefeito Bruno Covas (PSDB) fez o lançamento de sua campanha num evento virtual fechado para militantes do PSDB. "No momento apropriado faremos corpo a corpo", disse.

Críticas ao governador João Doria (PSDB) marcaram o início das campanhas de Guilherme Boulos (PSOL) e de Márcio França (PSB). Arthur do Val (Patriota) fez uma carreata em que não foi respeitado o distanciamento, enquanto Joice Hasselmann (PSL) fez o lançamento oficial da candidatura em um evento com mais de mil pessoas.

Para evitar aglomerações, o PT abriu a campanha de Jilmar Tatto com 37 carreatas pela cidade com limitação de duas pessoas por carro.

Virtual

Candidatos à prefeitura do Rio investiram em lançamentos virtuais de suas campanhas. No sábado, a Procuradoria Regional Eleitoral no Estado alertou os partidos a evitarem aglomerações e adotarem normas sanitárias. O descumprimento, segundo o MP, pode configurar crime.

Eduardo Paes (DEM) apresentou seu plano de governo em uma "live". Antes, assinou uma carta de compromisso com líderes comunitários Também optaram por usar as redes sociais Martha Rocha (PDT), Clarissa Garotinho (Pros), Suêd Haidar (PMB) e Fred Luz, cujo partido, o Novo, cancelou caminhada que iria ocorrer em Copacabana.

O atual prefeito, Marcelo Crivella (Republicanos), não teve agenda, segundo sua assessoria. Na semana passada, ele foi considerado inelegível pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro.

Religião

Benção em igrejas, caminhada e carreata deram o tom do primeiro dia da campanha oficial em Salvador. Bruno Reis (DEM), que é apoiado pelo atual prefeito da capital Baiana, ACM Neto (DEM), deu início a campanha para Prefeitura em missa na Basílica Santuário Senhor do Bonfim.

Apoiada pelo governador Rui Costa (PT), Denice Santiago (PT) também começou o dia no Santuário. Antes de chegar a igreja, ela se reuniu com o governador e apoiadores para café da manhã.

O Santuário também foi a escolha da candidata pelo PCdoB, Olivia Santana, que fez uma caminhada subindo a Colina Sagrada em direção à igreja. O candidato Bacelar (Podemos) também optou por uma agenda religiosa, mas escolheu uma igreja diferente. Ele iniciou a campanha em uma missa na Paróquia Santa Dulce dos Pobres.

Cezar Leite (PRTB iniciou a corrida em um trio elétrico, acompanhado do candidato a vice-prefeito Tenente Maciel, em uma carreata pela orla de Salvador. Já Celsinho Cotrim (PROS), iniciou a campanha com uma caminhada no bairro do Lobato, ao lado de moradores. Em seguida, ele ainda participou de reuniões com lideranças comunitárias em outros bairros da capital baiana.

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