Partidos entram na Justiça para suspensão imediata da MP dos reitores temporários

Alegando que a medida provisória viola o princípio da gestão democrática do ensino público previsto na Constituição, oito partidos assinaram o documento

Escrito por Estadão Conteúdo ,
Fotografia de Abraham Weintraub, ministro da Educação
Legenda: Abraham Weintraub, ministro da Educação
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

Oito partidos apresentaram uma ação direta de inconstitucionalidade (Adin) no Supremo Tribunal Federal (STF) pela derrubada da medida provisória que permite ao governo escolher de reitores temporários para universidades federais durante o período da pandemia da Covid-19 no País.

Assinam o documento PSB, PDT, PT, PSOL, PCdoB, Rede, Partido Verde e o Cidadania. No documento, as legendas afirmam que a medida viola o princípio da gestão democrática do ensino público previsto na Constituição. "A MP retira das próprias instituições de ensino a autonomia para deliberar, de acordo com as circunstâncias locais específicas, sobre a adoção de meios alternativos de consulta da comunidade acadêmica", diz a representação.

A Adin pede a suspensão imediata dos efeitos da medida. A MP elimina a necessidade do processo de consulta pública ou lista tríplice para embasar a definição dos nomes. Na prática, o presidente da República Jair Bolsonaro poderá intervir diretamente no comando e restringir a autonomia das instituições.

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