Líder do MDB defende que demais destaques da reforma sejam rejeitados

Há seis destaques pendentes de análise. Para serem rejeitados, o governo precisa de 49 votos em cada um deles

Escrito por Estadão Conteúdo ,
Legenda: Eduardo Braga foi um dos articuladores para impor a derrota ao governo na véspera, durante a votação do item que retirou da reforma as mudanças no abono salarial
Foto: Agência Brasil / Arquivo

O líder do MDB no Senado, Eduardo Braga (AM), afirmou que a votação de primeiro turno da reforma da Previdência precisa ser concluída ainda nesta quarta-feira, 2. Além disso, ele defendeu que os demais destaques, que podem desidratar ainda mais a economia fiscal da proposta, sejam rejeitados.

"Eu acho que o Brasil precisa terminar hoje a votação e que, com as mudanças que foram feitas até agora no texto, nós melhoramos muito o texto. Portanto, eu defendo que os atuais destaques sejam rejeitados", disse Braga ao Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Há seis destaques pendentes de análise. Para serem rejeitados, o governo precisa de 49 votos em cada um deles.

O líder do MDB, a maior bancada do Senado, foi um dos articuladores para impor a derrota ao governo na véspera, durante a votação do item que retirou da reforma as mudanças no abono salarial.

Eduardo Braga não descartou mais surpresas. "A mudança de humor está muito grande no plenário. O plenário não ia votar os destaques (ontem), resolveram votar. Quando perceberam que estava ficando tenso, suspenderam a sessão", afirmou.

Guedes

Braga comentou ainda a possibilidade de a equipe econômica refazer as contas do projeto do novo pacto federativo após o Senado tirar mais R$ 74,6 bilhões da economia da reforma. Conforme o Broadcast revelou mais cedo, a ordem do ministro da Economia, Paulo Guedes, é compensar cada bilhão perdido na Previdência por meio do projeto que refaz a divisão dos recursos arrecadados entre União, Estados e municípios. "Retaliação? Pau que dá em Chico dá em Francisco", respondeu o líder do MDB.

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