Em meio a divergências, PT define oposição equilibrada à gestão de Sarto em Fortaleza

Segundo o presidente da Executiva do PT em Fortaleza, vereador Guilherme Sampaio, o partido fará uma "oposição pela esquerda, de forma qualificada"

Escrito por Alessandra Castro ,
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Legenda: Todavia, a decisão não agradou a todos os membros do partido
Foto: Camila Lima

Em meio a divergências internas, o diretório municipal do Partido dos Trabalhadores (PT) decidiu, nesta terça-feira (23), fazer oposição equilibrada à gestão de Sarto Nogueira (PDT) na Prefeitura de Fortaleza. De acordo com resolução divulgada pela agremiação, a votação obtida pelas candidaturas majoritárias e proporcionais da sigla na Capital reafirmam o 'capital político' da legenda. 

O PT elegeu três vereadores na Câmara Municipal de Fortaleza, que devem fazer parte de uma oposição do campo de esquerda, assim como o Psol, diferente de outras legendas que na eleição compuseram o arco de alianças do candidato oposicionista, Capitão Wagner (Pros).

Todavia, a decisão não agradou a todos os membros do partido. Membros do diretório municipal ligados às correntes ideológicas dos deputados federais José Airton Cirilo e José Guimarães, além do estadual Acrísio Sena, favoráveis a aliança com o governo Sarto a reunião para demonstrar a insatisfação.  

O presidente da Executiva do PT em Fortaleza, vereador Guilherme Sampaio, disse que o partido fará uma "oposição pela esquerda, de forma qualificada". "Não vamos fazer oposição por oposição. O partido se manterá aberto ao diálogo com partidos do campo progressista e com a própria administração municipal, mas sempre que for necessário barra pautas reacionárias vamos fazer", afirmou., deixaram 

Para o deputado Acrísio Sena, na oposição, o PT "engrossa as forças bolsonaristas em Fortaleza". Ele e outros parlamentares defendiam o adiamento da reunião que confirmou a posição do partido, para tentar formar maioria interna pela aliança. “Não há justificativa plausível, acho precipitado”, disse o deputado. 

Guilherme Sampaio, por sua vez, disse que a reunião para deliberar sobre o assunto já tinha sido adiada duas vezes para atender aos pedidos do colega. Todavia, ele ressaltou que o partido não podia mais esperar para se posicionar. 

"Houve quórum para as deliberações. Essa reunião já foi adiada duas vezes, mas chega uma hora em que o PT tem que tomar uma decisão", justificou, acrescentando que a gestão Sarto inicia em três dias. 

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