Bolsonaro afirma que vai divulgar lista de países que criticam desmatamento e compram madeira ilegal

Em discurso na Cúpula do Brics, Bolsonaro também criticou a OMS e defendeu articulação para garantir cadeira no Conselho de Segurança da ONU

Escrito por Redação ,
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Legenda: O presidente Jair Bolsonaro afirmou que divulgará o nome dos países que criticam o desmatamento e compram madeira ilegal do Brasil
Foto: Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta terça-feira (17), que vai divulgar a lista de países que importam madeira ilegal do Brasil e, mesmo assim, criticam o desmatamento no país. A declaração foi feita XII Cúpula dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), realizada de modo virtual este ano. As informações são do portal G1.

"Revelaremos nos próximos dias o nome dos países que importam essa madeira ilegal nossa através da imensidão que é a região amazônica, porque daí, sim, estaremos mostrando que estes países, alguns deles que muito nos criticam, em parte têm responsabilidade nessa questão", afirmou. 

Em maio, empresas europeias afirmaram que irão deixar de investir no Brasil, caso não haja progresso rumo a uma solução para a destruição crescente na Floresta Amazônica. Também apontando o desmatamento como problema, a França se opõe ao acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul

Bolsonaro afirmou que o rastreamento é possível com o uso de uma tecnologia da Polícia Federal, que permite localizar a origem da madeira exportada e apreendida. Ele afirmou que espera que a importação diminua depois da divulgação da lista e que a informação interessa a todos. 

Críticas 

Bolsonaro também criticou a atuação da Organização Mundial da Saúde (OMS) durante à pandemia de Covid-19, afirmando que sempre criticou a politização do vírus e o "pretenso monopólio do conhecimento por parte da OMS". 

O presidente também defendeu mudanças na Organização Mundial do Comércio (OMC). "A reforma da OMC é fundamental para a retomada do crescimento econômico global. É necessário prestigiar propostas de redução dos subsídios para bens agrícolas com a mesma ênfase que alguns países buscam promover o comércio de bens industriais", disse o presidente, segundo o portal Uol.

Além disso, Bolsonaro apontou a necessidade de o Brics se articular para garantir que Brasil, Índia e África do Sul tenham assentos permanentes no Conselho de Segurança das Nações Unidas

O Conselho de Segurança da ONU é composto com 15 países, cinco permanentes e dez rotativos. China e Rússia já têm assentos permanentes, assim como os Estados Unidos, a França e o Rieno Unido.

Durante a cúpula, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou que o país tem três vacinas contra a Covid-19 em estudos e salientou a importância de um imunizante para a retomada econômica. 

Em seu discurso, o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, destacou o apoio no multilateralismo e citou a importância mundial da OMS, da OMC e do Fundo Monetário Internacional (FMI).

A cúpula marca o fim da presidência da Rússia à frente dos Brics. 

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