Articulação parlamentar em Brasília evita paralisação das obras da Transnordestina

O deputado cearense Domingos Neto (PSD) diz que uma atuação com a bancada do Piauí evitou um prejuízo às obras importantes ao desenvolvimento do Nordeste

Escrito por Inácio Aguiar ,
Deputado federal Domingos Neto na tribuna da Câmara dos Deputados
Legenda: Para Domingos Neto, uma nova paralisação da obra traria grandes prejuízos ao Ceará, Piauí e Pernambuco
Foto: Agência Câmara

O projeto de construção da Ferrovia Transnordestina, que ligará o Porto do Pecém, no Ceará, ao Porto de Suape, em Pernambuco, passando pelo Estado do Piauí, esteve perto de ter obras paradas. Foi necessária a atuação de parlamentares da bancada cearense e piauiense para evitar nova frustração com o projeto. 

A Transnordestina, sob responsabilidade da Companhia Siderúrgica Nacional, foi lançada em 2006 pelo ex-presidente Lula e tinha previsão de ter obra concluída em 2010, a um custo de R$ 5 bilhões (em valores da época).

De lá para cá, porém, o projeto, que já consumiu mais de R$ 7 bilhões, sofre o carma das obras públicas nacionais e pouco passou da metade da execução até o momento. 

A paralisação da obra estava sendo sugerida pelo Comitê de Avaliação das Informações sobre Obras e Serviços com Indícios de Irregularidades Graves (COI), dentro da Comissão Mista de Orçamento (CMO) no Congresso Nacional. A comissão estava acatando sugestão do Tribunal de Contas da União de bloquear recursos públicos para a obra. 

O deputado cearense Domingos Neto (PSD) detalha que uma atuação entre as bancadas estaduais evitou o bloqueio da obra, considerada fundamental para a economia da região.

“Fomos surpreendidos com o coordenador do comitê sugerindo isso, mas uma atuação nossa junto com o senador Ciro Nogueira (PP-PI) foi possível evitar essa paralisação”, diz o parlamentar. 

Investimentos privados na obra

Segundo ele, no ano passado, foram investidos pela CSN cerca de R$ 300 milhões na obra, em recursos privados. Trata-se de uma obra que recebe recursos públicos e privados.

“Seria um desastre para Ceará, Pernambuco e Piauí.  Tirar a transnordestina do anexo mostra que a Comissão de Orçamento está cumprindo um grande papel para o desenvolvimento da nossa região”, diz o parlamentar. 

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