Após pedido de demissão de Moro, Fortaleza tem panelaços contra Bolsonaro 

Os atos foram registrados em diferentes bairros da Capital durante a fala do presidente nesta sexta (24)

Escrito por Redação ,

Panelaços foram registrados em bairros de Fortaleza durante pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) nesta sexta-feira (24). Os atos ocorreram em bairros como a Praia de Iracema, Aldeota, Meireles, Fátima, Cocó, Itaperi, Farias Britos, Cristo Redentor, Benfica e Guararapes.

Desde o avanço da pandemia do novo coronavírus no Brasil e no Ceará, os panelaços em diferentes bairros da Capital têm crescido, como mostra de insatisfação quanto a postura de Bolsonaro perante a crise. Contudo, o motivo dos panelaços desta vez foi a resposta de Bolsonaro as acusações feitas por Sérgio Moro, ao pedir demissão do cargo de ministro da Justiça e Segurança Pública na manhã desta sexta. 

Confira o pronunciamento completo:

> INÁCIO AGUIAR: Tiros de Moro atingem o Palácio do Planalto
> Da promessa de carta branca à interferência na PF: as principais frases do discurso de Moro
> Diretor da Abin é cotado para chefiar a Polícia Federal
> Mais grave 'são os fatores alegados pelo ministro', diz Camilo sobre demissão de Moro
> Com saída de Moro, ministro amigo de Bolsonaro é o mais cotado para assumir Justiça
> Bancada cearense repercute nova crise no governo Bolsonaro
> Polícia Federal "resistirá à politicagem", afirma secretário André Costa após declarações de Moro

Durante a fala do presidente, era possível ouvir as panelas contra o presidente acompanhadas de gritos como "Fora, Bolsonaro". Em alguns bairros também foi possível ouvir manifestações de buzinas nos carros. 

Apoiadores do presidente chegaram a rebater as manifestações contrárias em alguns bairros, com palavras de ordem contra o PT e o ex-presidente Lula. 

Ao lado de ministros de Estado e parlamentares, o presidente disse que luta "contra o sistema",  rebateu o ex-ministro da Justiça Sergio Moro e admitiu interesses pessoais em ações da Polícia Federal, mas negou qualquer interferência no órgão, como afirmado por Moro.

 Bolsonaro disse ainda que "o dia em que eu tiver que me submeter a um subordinado, deixo de ser presidente da República".

Os destaques das últimas 24h resumidos em até 8 minutos de leitura.