Apoios de siglas no segundo turno da Capital caminham para consolidação

Candidato pedetista Sarto Nogueira oficializa nesta quinta-feira (19) o apoio de mais três partidos no seu arco de alianças. Enquanto isso, o adversário Capitão Wagner (Pros) argumenta que prioriza o eleitor, e não agremiações partidárias

Escrito por Alessandra Castro ,
Legenda: Capitão Wagner diz que o foco é o eleitor, enquanto Sarto Nogueira formaliza a adesão de partidos à candidatura
Foto: Fotos: Helene Santos/José Leomar

Na véspera do início do horário eleitoral gratuito na TV e no rádio no segundo turno, os candidatos na Capital têm buscado consolidar os apoios. Nesta quinta-feira (19), Sarto Nogueira (PDT) oficializa mais três novas alianças para fortalecer sua chapa: PV, Patriota e Solidariedade. Na quarta (18), ele participou de ato do PCdoB para selar a união.

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Já a campanha de Capitão Wagner (Pros) bate na tecla de que sua prioridade é o eleitor, e não partidos. Ele ainda não recebeu nenhum aceno de algum candidato derrotado no primeiro turno. Somente o PSL, do ex-candidato Heitor Freire, ainda não se posicionou. A legenda é cobiçada também pela chapa pedetista.

Nesta quarta, membros da coordenação de campanha de Wagner deram uma entrevista coletiva para sair em defesa da candidatura dele. Na ocasião, o senador Eduardo Girão (Podemos) minimizou as novas alianças conquistadas pelo PDT e disse que o postulante do Pros é “apoiado pelo povo”. Girão também criticou o governador Camilo Santana (PT), afirmando que a “máscara” do chefe do Executivo “está caindo” ao classificá-lo como “militante” de Sarto.

No mesmo dia, em ato do PCdoB para oficialização do apoio, Sarto também elevou o tom em relação a Wagner. “Fortaleza é uma cidade complexa, ainda cheia de desigualdades, e temos pela frente desafios que são enormes. E esses desafios não são para amadores, principalmente para quem quer replicar a política do Bolsonaro, que é uma política excludente, negacionista”, afirmou.

Em visita a Barra do Ceará, Wagner também alfinetou o pedetista, dizendo que prioriza o eleitor, e não partidos. Além disso, ele acredita que a igualdade no tempo de propaganda na TV e rádio, que recomeça na sexta, deve ajudar a “equilibrar” a campanha.

“A gente está fazendo uma articulação para conquistar os eleitores dos candidatos que não foram para o segundo turno. Nosso maior desafio é esse. (...) Agora, a gente tem o tempo de TV igual ao do adversário. Acho que isso é importante para poder equilibrar esse discurso. A gente apanhou muito no primeiro turno, tanto eu como a Luizianne fomos vítimas de um ataque exagerado por conta do adversário, do candidato dos Ferreira Gomes”, destacou.

Estratégias

Nos próximos 10 dias de segundo turno, os embates entre Sarto e Wagner na propaganda eleitoral gratuita na TV e rádio devem ser mais acirrados do que no primeiro turno.

Apesar de nenhum admitir que usará o tempo com ataques, a tônica das trocas de farpas até o momento já dá uma prévia do que deve vir. Entre as táticas mais adotadas entre eles, está explorar suas ligações com lideranças nacionais, numa tentativa de desgastar a imagem do oponente. Enquanto para um é o “candidato do Bolsonaro”, para o outro o adversário é o “candidato dos Ferreira Gomes”.

Alianças

De segunda até agora, o pedetista já conseguiu oficialmente o apoio de três partidos: PCdoB, Psol e PT – estes dois últimos não aderiram a uma aliança em 2016 com Roberto Cláudio e configuram um caso à parte, já que não costumam sinalizar apoio explícito a um candidato representante de um grupo governista hegemônico, como o dos Ferreira Gomes. 

Apesar de Heitor Férrer afirmar que não iria se posicionar no segundo turno, o Solidariedade irá integrar a coligação pedetista junto, também, com o PV e o Patriota. A UP, da candidata derrotada Paula Colares, se posicionou apenas contra a candidatura de Wagner, sem anunciar apoio a Sarto.

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