André Figueiredo rebate acusações de mediação em processos licitatórios no Ceará

O líder do PDT na Câmara dos Deputados, André Figueiredo rebateu as acusações de que teria se envolvido em mediação de processos licitatórios entre o Governo do Ceará e uma Oscip (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público). O deputado federal foi apontado, em reportagem publicada pela revista IstoÉ, de ser um dos mediadores do Instituto Mundial de Desenvolvimento e Cidadania (IMDC), de Deivson Oliveira Vidal, o qual, conforme a publicação, seria o chefe de uma máfia que pode ter desviado mais de R$ 400 milhões de 5 ministérios.
Figueiredo afirmou que não conhece o dono da IMDC. Foto: Agência Câmara
"Não houve denúncia. Houve uma afirmação maldosa", se defendeu o deputado. Segundo a publicação, o deputado federal teria sido intermediário de um processo que envolveu o IMDC, uma Oscip que ganhou licitação no Estado, em convênio de quatro contratos avaliados em R$ 7,6 milhões entre a Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (STDS). Na época, a pasta era comandada pelo apadrinhado de Figueiredo, Evandro Leitão.
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"É muito fácil se colocar uma acusação sem nenhuma fundamentação. Primeiro, não conheço essa Oscip. Não tenho contato com o dono dela. Nunca agi como intermediário de um processo que envolveu essa Oscip", rebateu.
O líder do PDT na Câmara também defendeu o processo licitatório e afirmou que ele correu em completa lisura. "Pelas informações que nós obtivemos depois, o processo licitatório dentro da Secretaria de Trabalho foi extremamente idôneo, transparente. Nos indigna é ver o nome da gente citado de uma maneira absolutamente leviana", lamentou.
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"Estamos oficiando a revista Istoé. Não queremos briga. Não vou entrar com pedido de direito de resposta. A revista, como tem caráter idôneo, esperamos que ela publique nossa resposta e, ao mesmo tempo, vamos pedir à Polícia Federal para que explicite quem são os parlamentares que tiveram qualquer tipo de intermediação junto a essa Oscip. Que a Polícia Federal se manifeste e diga efetivamente quem é que fez", informou o deputado.
Operação Esopo desarticula organização criminosa
Segundo a revista Istoé, Deivson Oliveira Vidal teria desviado verbas de licitações. Em seis anos, ele teria acumulado patrimônio próximo a R$ 20 milhões. A partir da operação Esopo, a Polícia Federal apreendeu em sua mansão, localizada em condomínio de luxo de Belo Horizonte, um helicóptero, grande quantia de dinheiro e carros de luxo.
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Pelo menos 22 pessoas já foram presas pela Operação, entre elas o presidente do IMDC, servidores e ex-servidores do Trabalho.
No dia 11 de setembro, dia da operação da Polícia Federal, o governo do Estado anunciou suspensão de todos os contratos firmados com o IMDC, no caso, o programa federal ProJovem, capitaneado pelo Ministério do Trabalho, e que prevê ações de qualificação profissional para mais de 5 mil jovens entre 18 e 29 anos.
As informações são do jornalista Diego Borges